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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

O “kit”

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publicado em 24/05/2011 ás 10h30

A homossexualidade existe há tempos e não é privilégio desta nossa era. O primeiro registro histórico é datado de 2.400 anos antes de Cristo, em terras egípcias. O relógio da história não parou e ainda hoje não encontramos uma fórmula para tratar deste assunto, mesmo em sociedade considerada tão “moderna”.

Tanto que nem o Ministério da Educação conseguiu a engenharia de levar o assunto para as escolas sem causar polêmica e repulsa de educadores e pais de alunos. Não é de se estranhar. O tal kit desenvolvido para represar o preconceito e possibilitar a igualdade de direitos só faz aguçar ainda mais os estereótipos.

Não é necessário know how na área pedagógica para de longe perceber que o material desenvolvido pelos técnicos do MEC em nada educa o aluno a conviver e respeitar colega que eventualmente siga orientação sexual diferente da maioria.

O vídeo “Encontrando Bianca”, alvo de bombardeio e questionamentos em todo o país, retrata um garoto de 15 anos, chamado José Ricardo, caracterizado nas imagens como uma menina e que prefere ser chamado de Bianca, só estereotipa mais os gays. É como se todos precisassem se vestir de mulher para assumir sua homossexualidade. E isso não é a regra geral.

As escolas têm sim o papel de preparar as pessoas para a vida e, sobretudo, ensinar o respeito ao próximo, ainda que este seja considerado “diferente” do perfil tido como padrão de uma cultura excludente. No entanto, da forma como foi concebido, o chamado “kit gay” ridiculariza muito e educa pouco. Ou nada.

Indutor –
A vereadora Eliza Virgínia (PSDB) pegou carona e mandou ver. “O correto é kit pró-homofobia. Na verdade o conteúdo dos filmes é totalmente indutor da prática”.

Cinzas –
A radical parlamentar pessoense prometeu que tão logo o material chegue às escolas, convocará todos os pais a protestar queimando todo o kit em gigante fogueira.

O contraponto e os direitos iguais – Luciel Araújo de Oliveira, gerente de Combate à Homofobia, da Secretaria Estadual da Diversidade Humana, discorda da abordagem de quem se apresenta contra a distribuição do material. “É uma pessoa no mínimo desinformada. Isso é falta de interesse de discutir os temas pertinentes. Toda luta GLBT gira em torno de direitos iguais”.

Dando o braço a torcer –
Na reunião da CCJ, ontem na Câmara de João Pessoa, o vereador Bruno Farias (PPS) se despiu da condição de líder do Governo e acatou sem problemas parecer contrário a um de seus projetos em apreciação. “É preciso ter a humildade para reconhecer equívocos”.

É só ‘jogo de cena’ –
Podem anotar. A zoada que os deputados fizeram semana passada na Assembléia por conta da lista dos fantasmas vai ficar nisso. A nenhuma das bancadas interessa uma investigação séria do assunto. Do contrário, rejeitariam bravatas e adotariam medidas.

Sem pena –
O deputado Luciano Cartaxo (PT) está mesmo levando a sério a candidatura a prefeito de João Pessoa. Não perde uma oportunidade de espinafrar o prefeito Luciano Agra.

Ataque –
“A cidade não está preparada para conviver com a chuva. Falta infra-estrutura nos bairros.”, atirou Cartaxo contra o governo do qual foi líder. E nem faz tanto tempo.

Pra embolar –
Enquanto isso, a ala alinhada ao deputado Luiz Couto promete apresentar outra tese. Dá sinais de que lutará pela vaga de vice. O problema é ter um nome, fora o do padre.

Pra esclarecer –
A deputada Nilda Gondim (PMDB) aciona a coluna para deixar claro que em nenhum momento aconselhou o filho Veneziano Vital a desistir de candidatura em 2014.

É cedo –
“Só disse o que o próprio Veneziano já vem afirmando. Ainda é cedo. Há muito tempo para ser discutido e avaliado. Mas o nome dele é muito forte”, sugeriu Dona Nilda.

Cutucando –
Cedo ou tarde, o deputado Romero Rodrigues (PSDB) não deixar passar uma. Ele alertou Vené para a infra-estrutura do Parque do Povo. “Precisa ser modernizada”.

Inadimplência –
A presença da Prefeitura de Campina Grande no Cadin levou o secretário (Finanças) Júlio César Cabral a viajar às pressas à Brasília para tentar resolver o impasse.

Falta perna –
“Mas, já estamos de olho nas eleições de 2014, pois, como diz o ditado, quem é cocho parte cedo”. Do deputado Genival Matias sobre os planos do paraplégico PT do B.

Exorcizando –
Diferente da bíblia, Monte Horebe paraibana virou lugar de discórdia. A nova Mesa da Câmara, eleita por força judicial, decidiu se chamar “Que a paz reine nesta Casa”.

Por falar em briga –
O deputado Manoel Júnior (PMDB) discorda dos pleitos do Pacto e será ausência garantida na audiência com Dilma. “Não vou com a equipe formada para fazer graça”.

PINGO QUENTE – “Estudar é maravilhoso. Temos que dar esse prazer a um número cada vez maior de pessoas”. Do deputado Wilsinho Filho (PMDB) sobre a própria confortável experiência de estudar em faculdade privada.

 

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