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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Sinais pra 2016

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publicado em 07/04/2015 ás 08h37

Em 2012, o eleitor pautou o debate da eleição municipal em dois pontos principais de incômodo da vida nossa de cada dia. Primeiro, a mobilidade urbana, vetor de críticas de uma população cada vez mais dependente do automóvel para se locomover, mas obrigada a driblar longos engarrafamentos.

Segundo: em que pese ser um problema da alçada estadual, a segurança ganhou corpo nas discussões, nos guias eleitorais e até nos debates entre os candidatos. Não por acaso, postulantes se comprometeram com o tema. Aqui em João Pessoa, o prefeito Luciano Cartaxo criou uma pasta específica, como prometera em campanha.

Passados dois anos, a eleição de 2014, para o governo, continuou pautando a segurança. Novidade? Os serviços públicos ganharam olhar especial após as grandes manifestações de junho de 2013, quando a sociedade foi às ruas exigir melhor qualidade da contrapartida do poder público ao cidadão.

Nesse ano intermediário de 2015, o governo até tentou empinar a Educação como lema, mas o tema corrupção roubou (sem trocadilhos) a cena na vida pública brasileira. O escândalo da Petrobrás, além de arrepios ao contribuinte pagador de seus impostos, reacendeu o debate ético no País. O povo, mais uma vez, ocupou as praças.

É possível que os desvios permaneçam na ordem do dia do Congresso, do Judiciário e da imprensa. Muito recente, a corrupção na nossa maior estatal ainda renderá muito. A oposição continuará tirando a lasca que está ao seu alcance e as investigações – da CPI e da Justiça – ameaçam trazer novos elementos.

Sendo assim, candidatos a cargos eletivos em 2016 devem ser preparar para encontrar um eleitorado mais desconfiado do que nunca. A crise de representação só se aprofunda e levará grande parte do eleitor a ser mais exigente e se inclinar a deixar de lado as figuras carimbadas da política. Perfis novos que inspirem confiança podem encontrar um público disposto a pagar pra ver.

Pedra no…

Internamente, deputados do PMDB até vêem com simpatia a possibilidade de rodízio para garantir o retorno à Assembleia da suplente Olenka Maranhão (PMDB).

…Caminho

A ‘boa intenção’, entretanto, esbarra na ausência de espaço viável no governo para abrigar virtuais autores de pedidos de licença. E olhe que o padrinho de Olenka é forte.

Cadeira cativa

Socialista, o governador Ricardo Coutinho tem ‘obsessão’ por programas que afirmem o caráter diferenciado de sua gestão. Por isso mesmo, cultiva tanto o Orçamento Democrático, cujo ciclo 2015 foi lançado, ontem: “O projeto do OD é tão grande quanto qualquer obra que a gente tenha feito, por mais importantes que elas sejam”.

Indo e…

Coutinho fez questão de saudar a presença do presidente da Assembleia, Adriano Galdino (PSB), na solenidade do OD, como símbolo da “harmonia entre os poderes”.

…Vindo

Galdino retribuiu elogiando o programa: “É uma oportunidade que o povo tem de dialogar de forma mais aberta, mais próxima do Governo, através de suas sugestões”.

Check-up

Ministro do TCU, o ex-senador paraibano Vital do Rêgo (PMDB) aproveitou os últimos dias para uma avaliação médica geral. Foi bater em São Paulo para fazer exames.

Leitura

“O fracasso da presidente Dilma Roussef é o fracasso de todos nós”. Do assessor especial da Presidência da República e fundador do PT, Marco Aurélio Garcia.

Balança

A freqüência do presidente da Câmara da Capital, Durval Ferreira (PP), nos eventos do Governo do Estado bate, de longe, as aparições nas solenidades da Prefeitura.

Semana Santa

O Estado informou: o feriadão de 2015 (24 mortes violentas) teve queda de 29% em homicídios, comparando com 2013 e 2014, com 34 e 25 assassinatos, respectivamente.

Contraponto

Deputados da oposição se preparam para ocupar a tribuna da Assembleia, hoje, contestando os números recentes apresentados pela Segurança Pública do Estado.

Guia

Líder do PSDB, Dinaldo Filho (PSDB) deve abrir a série de pronunciamentos dos oposicionistas na tribuna. Vai dar o tom para a bancada tucana abrir o bico.

Em xeque

Apesar dos dados oficiais, o líder da oposição, Renato Gadelha (PSC), é taxativo: “Eu não acredito em diminuição da violência na Paraíba. Só não ver quem não quer”!

Defesa

Trabalho à vista para o líder do governo, Hervázio Bezerra (PSB). Missão bem menos espinhosa do que quando comandava uma bancada raquítica, em 2014, convenhamos.

PINGO QUENTE

“A Polícia é herdeira de 200 anos de omissões”.

Do comandante-geral da PM, Euller Chaves, para quem a violência não pode ser debitada, exclusivamente, na conta das forças de segurança pública.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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