João Pessoa, 18 de maio de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
É de se estranhar o silêncio de agentes proeminentes do governo passado diante da gravíssima denúncia envolvendo o Grupo São Braz, aquinhoado com samaritano perdão de multa no valor de R$ 7,5 milhões, no segundo turno de 2010, após auto de infração lavrado em junho pelo auditor fiscal Newton Arnaud Sobrinho.
Sinceramente, esperava-se que ex-assessores, aliados e deputados da base peemedebista encampassem a defesa da gestão a que serviram tão diligentemente há tão pouquíssimo tempo. O que se vê é exatamente o contrário. Ninguém se mete.
Se o staff maranhista adotou o silêncio deve ser porque considera a denúncia de somenos importância. Assim como julgou irrelevante a história do pagamento feito às construtoras por dívidas contraídas pelo Estado ainda na década de 80 e devidamente quitadas na contagem regressiva do Governo Maranhão III.
Ao Escândalo do Cuscuz foi dado desprezo idêntico à notícia da paga de R$ 7,5 milhões (outra infeliz coincidência) a uma empreiteira, com recursos do tesouro Estadual, quando o dinheiro deveria ter saído da conta-convênio da Caixa, conforme as regras do PAC. Também em pleno efervescente período eleitoral.
Independente do “calado” da nova Oposição ou do barulho da suspeita operação, a sociedade paraibana espera que a denúncia seja apurada pelo atual Governo com absoluto rigor e transparência, seja qual for o resultado. E que não tenha fim idêntico ao badalado Caso dos Defuntos, sepultado em anônima cova de cemitério deserto.
Cheque Funeral –
A segunda edição da Revista Politika, do multimídia Fabiano Gomes, traz hoje a lista completa com os nomes dos defuntos que estavam bem vivos na folha do Governo.
Menos grau –
Piadistas brincavam ontem com o sumiço dos óculos do ferrenho deputado Anísio Maia (PT) no plenário da Assembléia. “É melhor assim. O deputado anda vendo demais”.
Mais versões da renúncia –
Nova ilação em torno da renúncia de Léo Abreu (PSB), em Cajazeiras, foi captada pelo radialista Ruy Dantas, em contato com fontes ligadas ao ex-prefeito. O médico estaria contrariado e chateado com as pressões da própria família, a quem atribuía parte de seu insucesso administrativo devido ao inchaço de parentes na Prefeitura.
O peso do prazo –
De Cajazeiras chega à informação repassada por conceituado advogado. Aprovado no cargo de perito da Polícia Federal do Ceará e convocado para assumir, Léo pediu prorrogação da data. O novo prazo terminaria exatamente nesta quinta-feira (19).
Vituriano pode –
O advogado Fábio Andrade, famoso eleitoralista paraibano, confirmou a tese levantada ontem pela coluna. Com a renúncia do filho, o deputado Vituriano de Abreu (PSC) está apto sim a disputar a Prefeitura de Cajazeiras em 2012, mas sem direito à reeleição.
Exemplo –
Fábio Andrade ilustrou. Garotinho renunciou para disputar a Presidência. Assumiu Benedita da Silva, que disputou e perdeu para Rosinha, mulher do ex-governador.
Avisados –
Vituriano não confessa, no entanto, Léo já havia alertado a família sobre a disposição de abandonar a vida pública e o desejo de renunciar ao cargo de prefeito.
Traição –
Adversário histórico da família Abreu, o deputado Zé Aldemir (DEM) não mediu palavras e classificou a renúncia do ex-prefeito de “uma traição à Cajazeiras”.
No estaleiro –
Giucélia Figueiredo ficou impedida nestes dias de “correr” na briga pelos cargos federais. A petista submeteu-se a uma cirurgia no pé, mas recupera-se bem.
Probleminha –
Esta semana, a nova secretária de Comunicação de João Pessoa, Marly Lúcio, identificou e mandou consertar irritante vazamento no próprio gabinete.
Problemão –
Café pequeno diante do desafio de comandar pasta estratégica em ano pré-eleitoral e encarar uma Oposição focada na desconstrução da imagem do prefeito pessoense.
Beicinho –
Espontâneo como sempre, o secretário do PSDB, João Fernandes, revelou que há muitas queixas de tucanos com o Governo. Evitou dá nome aos bois. Poderia chocar.
Passou batido –
Distraído na cabine de imprensa, o deputado João Gonçalves (PSDB) perdeu a vez da tribuna para João Henrique (DEM). Sem graça, soltou: “Ficou de João pra João”.
Ponto… –
O prefeito Luciano Agra (PSB) agiu com prudência ao mandar cancelar o contrato da Emlur na licitação, cuja empresa vencedora pertence a um servidor da repartição.
… E nó –
Mas precisa identificar por que os responsáveis pelo pregão não tiveram a capacidade de perceber a fraude cometida por um funcionário da própria Autarquia.
PINGO QUENTE – “É na bucha. Ou quer ir ou não quer ir, vereador”! Pressão do líder, Bruno Farias (PPS), ao colega Tavinho Santos (PTB), desafiado a inspecionar a Maternidade Cândida Vargas.
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OPINIÃO - 22/11/2024