João Pessoa, 13 de abril de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Marcada para novembro, a eleição da OAB da Paraíba ainda está razoavelmente distante, mas os movimentos nos bastidores das pré-candidaturas ouriçam os advogados e o debate da sucessão na entidade já está posto. Mais do que discutir nomes, a OAB paraibana tem uma tarefa prévia: a maturidade para uma autocrítica dos rumos da instituição nas últimas décadas.
Da posição de vanguarda em momentos históricos da vida pública, a Ordem aos poucos vem se reduzindo a uma disputa por espaços de poderosas bancas e grupos advocatícios. Na prática, a entidade – reconhecida pela sua força – virou uma catapulta muito mais para projetos pessoais dos seus dirigentes do que para a propulsão de lutas coletivas de um Estado tão pobre, injusto e repleto de desafios.
Uma postura que lhe isola numa corporação distante da sua importância coletiva para o cotidiano e a transformação social. Há tempos, a OAB perdeu a dianteira das grandes lutas e causas. Se no âmbito nacional essa percepção é nítida, na realidade estadual é ainda mais solar.
Basta perguntar a qualquer cidadão paraibano minimamente informado: você se lembra da última participação da OAB numa bandeira que proporcionou uma mudança significativa na vida social ou o último debate proposto pela entidade e que ganhou as atenções da sociedade pela sua relevância?
Em tempo, seria hipocrisia e jogo político responsabilizar individualmente A ou B por esse cenário de atrofiamento do relevante e indispensável papel dessa instância no cotidiano paraibano. A apatia é resultado de um conjunto de fatores e a cura dessa patologia passa pelo compromisso e engajamento de todos.
Nessa fase gestacional da eleição, a reflexão sobre essas questões merecem lugar nas conversas internas e entendimentos. Na hora de pensar e discutir a sucessão na Ordem, uma pergunta deve latejar: pra que e a quem têm servido a OAB? Se a resposta for para fortalecimento de indivíduos e grupos, com distribuição de cargos para influência no Judiciário, é porque há algo profundo a ser revisto.
Quadro… – Candidato da atual diretoria, o jovem e bem articulado advogado Carlos Frederico é, a preço de hoje, o mais forte concorrente à sucessão do atual presidente Odon Bezerra.
…Da sucessão – Rompido com Odon, Carlos Fábio tenta se viabilizar. Hermano Gadelha, candidato na eleição anterior, não decidiu. Caius Marcellus ainda é o mais forte nome da oposição.
Queda de braço – A Prefeitura de João Pessoa intensificou a política de comunicação contra o que resta da já desgastada greve dos professores. Mantém dura nota nas emissoras de rádio. Garantindo o funcionamento de 86 escolas, lamenta a desobediência judicial. “O comando grevista ainda tenta impedir esse passo: ter os 60 mil alunos na escola”.
Trabalho – Depois de ser processada por uma loja paraibana por descumprimento de contrato, a modelo Juju Salimeni voltou a João Pessoa para divulgar uma empresa do Estado.
Descanso – Nesse domingo, a assistente de palco aproveitou o dia de sol e exibiu suas nas praias pessoenses. Nas redes sociais, Fez questão de mostrar as praias e o corpo sarado.
Nova chance – O tumulto contra Eduardo Cunha barrou a sessão da Asssembleia, mas hoje, às 9h30, a Câmara de João Pessoa realiza audiência pública para debater a reforma política.
Diálogo – Nos bastidores, as direções do PMDB, PSC, PP, PR e PRB conversam sobre a possibilidade de marcharem juntas na sucessão municipal em João Pessoa.
Pergunta-se – Se é verdade que o PMDB terá candidatura própria, como sustenta o deputado Manoel Júnior, até quando a legenda ficará na base de apoio do prefeito Luciano Cartaxo?
Custo – “A Paraíba sustenta hoje 92% da sua rede de saúde com recursos próprios”. Do governador Ricardo Coutinho durante entrega de equipamentos no Hospital de Sousa.
Prodígio – Fenômeno no rádio e na TV, Fabiano Gomes chegou ontem aos 30 anos de vida. Idade que depõe a precocidade para a proporção do sucesso que alcançou na comunicação.
Na moleira – “A Paraíba renegou um modelo superado de fazer política”. Do secretário de Comunicação, Luís Tôrres, cutucando os adversários do governador Ricardo Coutinho.
Prazo – A deputada Estela Bezerra (PSB) considera curto o debate da reforma política. “Nós queríamos alongar a discussão com a sociedade” disse sobre a confusão na Assembleia.
Ressurreição – Em João Pessoa, nos protestos contra Dilma, para convidar nas ruas a população os manifestantes recorreram, na era das redes, a um meio quase extinto: o carro de som.
PINGO QUENTE – “Não há dinheiro sobrando, mas também não está faltando”. Do secretário de Planejamento e Finanças do Estado, Tárcio Pessoa, sobre a situação financeira da Paraíba.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba.
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OPINIÃO - 22/11/2024