João Pessoa, 10 de maio de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A Paraíba precisa superar essa cultura do funcionalismo público ser a única obrigação de Governo. É como se governar se restringisse a estar de bem com esta ou aquela categoria e a administração só tivesse a obrigação de pagar a folha.
Os governadores dos últimos 20 anos ficaram reféns dessa lógica. Torço que o novo governador tenha capacidade política de romper com esse hábito revelador de quanto temos gestões tacanhas e escravas de um segmento da população.
Somos um Estado que recentemente chegou a fazer empréstimo para se credenciar a ter dinheiro de uma contrapartida de convênio. Um atestado cabal de que nossos cofres estão seriamente comprometidos há tempos. Não é coisa nova.
A Paraíba não pode ter uma receita quase integralmente reservada ao pagamento de pessoal e utilizando o que sobra somente para cumprir os limites legais estabelecidos pela Constituição em gastos com saúde e educação.
É claro que o Governo tem obrigação de planejar a aumento salarial do funcionalismo e trabalhar para que isto seja possível, mas depois de recuperarmos nosso poder de investimento próprio. Só assim começaremos a suplantar o atraso.
Até quando só poderemos tocar obras de pequeno e grande porte por empréstimos ou convênios? Onde está escrito que estamos condenados a viver de pires na mão e limitados a pagar contracheques?
Chateado? – Ninguém sabe ao certo porque o ex-coordenador do Procon, Watteau Rodrigues, não foi ao Centro Administrativo tomar posse na chefia da Guarda Municipal da Capital.
Queixoso –
Na última reunião do PT, um deputado estadual se queixou da distribuição dos cargos federais. Achou que foi passado para trás pelo grupo do presidente Rodrigo Soares.
A merenda e a SP Alimentação –
O prefeito Luciano Agra (PSB) tentou justificar a prorrogação do contrato com a SP Alimentação, alvo de denúncias de irregularidades em várias cidades do Brasil. “Eu não iria abrir mão de começar o ano letivo sem a garantia de merenda escolar para os alunos. Era um tempo necessário para nos preparamos melhor”.
Distintivo –
O leitor Marco Aurélio ([email protected]) questiona porque na Paraíba delegados da Polícia Civil utilizam no distintivo o brasão da República Federativa do Brasil. “Afinal, a Polícia Civil é uma polícia judiciária Estadual ou da União”, questiona.
Interação –
A nova secretária de Comunicação de João Pessoa, Marly Lúcio, quer fortalecer o intercâmbio da gestão com as redes sociais. À coluna, Marly revelou que planeja tornar mais conhecidos da população os serviços oferecidos pela Prefeitura da Capital.
Tá vivo –
Quando parecia que ele estava sumido, eis que Walter Neto (PRB) ressurge. Pra debater os problemas de Campina Grande? Não. Pra falar da merenda de João Pessoa.
Cabeça de fora –
Ruy Carneiro saiu do muro. Cobrou ontem explicações do prefeito Luciano Agra sobre a SP Alimentação “O prefeito deve explicações e deve tomar medidas urgentes”.
Defesa –
O secretário de Comunicação do Estado, Nonato Bandeira, liderou a defesa do prefeito Luciano Agra no episódio da reportagem em rede nacional sobre a merenda escolar.
Fiasco – Bandeira disse que em nenhum momento a matéria apontou qualquer tipo de malversação do dinheiro público. “Anunciaram uma bomba, mas foi um fiasco”.
Só ‘amizade’ –
O deputado Domiciano Cabral jura que não cogita aliança com seu ex-aliado Jota Júnior em Bayeux. Diz que não foi bem sucedido no último acordo com o prefeito.
Migração – Conforme a coluna antecipou, a aproximação dos vereadores de Bayeux com o grupo de Marcus Odilon se efetivou. “Gegê” trocou o PP pelo PSD a convite do “cavalheiro”.
Em segredo –
Para a nova diretora da Estação Ciência, Mariana Góes, o anexo do espaço, em construção, é a sua “menina dos olhos”. Ela prepara novo calendário de eventos.
Pelas beiradas – O vice-governador Rômulo Gouveia teve agenda cheia ontem em Campina. Deu várias entrevistas e se reuniu com diretores de veículos de comunicação. Não perde tempo.
Ilha –
Pelo que garantiu à coluna o superintendente do Detran, Rodrigo Carvalho, o órgão é uma ilha no Governo. Não há um servidor recebendo salário inferior a R$ 1.200.
Complemento – “Já encaminhamos à Administração um pedido de autorização para conseguir contemplar os servidores mais humildes com vale-refeição”, frisa Rodrigo.
PINGO QUENTE – “Não queremos crise. Estamos avançando no diálogo”. Do presidente do PT, Rodrigo Soares, enquanto aliados dele defendem guilhotina para os dissidentes chamados à “unidade”.
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OPINIÃO - 22/11/2024