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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Civilidade é preciso

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publicado em 22/04/2011 ás 11h24

As audiências de ontem do governador Ricardo Coutinho com os prefeitos Veneziano Vital (Campina Grande) e Jota Júnior (Bayeux), ambos do PMDB, representam notável avanço nas relações institucionais na Paraíba. Avanço porque registramos num passado recente tempos de intransigência e irracionalidade política.

Em que pese à queixa do prefeito campinense sobre a relativa demora do encontro, o Governo deu um gesto de civilidade ao abrir as portas do Palácio para receber um crítico, adversário e provável concorrente nas próximas eleições. Esse fator, embora obrigação do gestor público, deve ser levado em consideração e estimulado.

Não dá mais pra conceber postura de político que trata o cargo como se propriedade sua fosse. O cidadão paraibano não admite mais a empáfia de quem encara o mister outorgado pelo voto como um atributo que lhe faz superior ou imune às obrigações e prerrogativas do mandato, cujo dono e o demarcador do tempo é o povo.

Veneziano faz o dever de casa por buscar no Governo parcerias em programas municipais e apoio para ações estruturantes para a cidade, em nome de sua gente. Ricardo Coutinho eleva a postura de relacionamento institucional do Governo e rompe com a cultura reinante de discriminação aos municípios gerenciados por “desafetos”.

Daqui pra frente, esse comportamento não pode ser exceção na conjugação de entendimentos administrativos. A construção de uma Paraíba nova passa pela evolução conceitual e comportamental de nossos agentes políticos. Já temos um bom começo.

Demorou –
Foi interessante ouvir Jota Júnior pedir ajuda ao governador Ricardo Coutinho para tirar Bayeux do “marasmo”. Esqueceu que já é prefeito do município há seis longos anos.

Sara –
Oficialmente adversário, o deputado Domiciano Cabral (DEM) foi o interlocutor da audiência de Jota com Ricardo. Só 2012 Sara as feridas abertas entre os dois.

O encontro e o deslize desnecessário –
Habilidoso com as palavras, o prefeito VenezianoVital do Rêgo (PMDB) poderia esperar pelo menos até o término da audiência com o governador para criticar o seu anfitrião. Momentos antes do encontro, distribuiu release com repertório de críticas ao Governo. Em que pese à alegada demora, não foi um gesto muito cordial.

Critério do catolaico secretário –
Ao Correio Debate (rádio), o secretário de Cultura, Chico César, esclareceu a agitada decisão. Até por não ter prerrogativa para isso, o Governo não proíbe prefeituras de contratar forró eletrônico, mas a gestão estadual só paga atração do ‘forró tradicional’.

Primeiro o dever, depois a diversão –
Mantenho minha opinião. Com tantas necessidades urgentes, o poder público não deveria gastar um centavo com festa, enquanto faltar o básico ao cidadão. No máximo, as gestões deveriam garantir a estrutura logística. O empresariado bancaria o resto.

Decepção –
Leitura de quem conviveu muito com Maranhão. O ex-governador não quer nem saber de disputa majoritária. Teria dificuldades de achar um coordenador de confiança.

Desejo –
O deputado Luciano Cartaxo anda empolgado com a agitação no PT por candidatura própria. Ficaria ainda mais feliz se fosse o ungido para a disputa em João Pessoa.

Caixa –
O prefeito de Sousa, Fábio Tyrone (PTB), acusou ontem André Gadelha de usar o Hospital Regional, que foi gerido pela irmã do deputado, para comprar o mandato.

Preço da tragédia –
A Justiça indenizou as famílias vítimas de Camará em R$ 10 mil por danos morais. O valor dos danos materiais variou. Uma quantia irrisória para o tamanho do trauma.

Vendo a banda… –
Quem se acostumou com tenacidade do vereador Bira (PSB) na Câmara anda estranhando a discrição e o silêncio dos últimos dias. “Estou falando sempre lá”, refuta.

Bobinhos –
O bloco dos independentes na Câmara de João Pessoa justificou sua razão existencial e lema de atuação. Participação ativa no colegiado de líderes. E todo mundo acreditou…

Debate –
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcanti, discute dia 28 na Paraíba a reforma política, o desarmamento e as prerrogativas da categoria.

Bola pra frente –
Mesmo após o decreto de ilegalidade da greve, nada impede pauta de diálogo entre médicos e Prefeitura. O bom senso e o respeito mútuo caem bem. E é saudável.

Na despedida –
O senador Wilson Santiago (PMDB) se despediu da presidência do Senado propondo articulação do ensino médio com cursos profissionalizantes com habilitação técnica.

Brasa –
A gestão política do Governo precisa cuidar dos focos de insatisfação. Deputados nem se queixam tanto da falta de espaços, mas questionam indicações de estranhos na base.

PINGO QUENTE –
“Pense num povo ruim de bola, Tiririca e Popó”. Do deputado Wilsinho Filho sobre “pelada” com os exóticos legisladoress. Ah se fossem ruins só de bola!

 

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