João Pessoa, 13 de abril de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Coube ao vereador campinense Olímpio Oliveira (PMDB) puxar as “rédeas” de um assunto sempre levado na brincadeira ou tratado com desprezo e preconceito, quando deveria ao menos merecer lugar nos debates. Falo do projeto de lei em tramitação na Câmara de Campina Grande, cujo objetivo é disciplinar a circulação de veículos de tração animal, que dá renda e sobrevivência a famílias marginalizadas.
A propositura não se restringe a criação de regras no trânsito, mas se preocupa, sobretudo, com o bem estar dos animais que involuntariamente carregam no lombo a carga dos seus donos. A proposta proíbe a circulação dos referidos veículos no domingo para garantir um dia de repouso para os bichos. Os exploradores do serviço ficam impedidos de fazer a utilização de animais cegos, feridos, enfermos ou fêmeas prenhes.
O projeto do edil também elimina o uso de chicotes ou qualquer outro instrumento destinado ao espancamento do animal e ainda fixa em 150 quilos a carga máxima por cada veículo de tração animal. Quem infringir a Lei e for pego pela fiscalização pode pagar multa e ter a carroça imediatamente apreendida.
“Fustiga-nos a consciência toda vez que um carroceiro estala o chicote no lombo de seu animal. Dói-nos também ver a indiferença dos transeuntes, que a tudo assistem impassíveis. Uma situação imoral”, justifica o parlamentar, que divide opiniões entre os apoiadores da iniciativa por considerá-la razoável e os que o acusam de gastar tempo com tema de pouca relevância. Eu fico com a corrente da primeira opção. E você?
Convergência – Apesar das divergências, o senador Vital do Rêgo Filho (PMDB) mostrou sintonia com o governador Ricardo Coutinho ao referendar o projeto do Porto Seco de Campina.
Nos trilhos – Vitalzinho defendeu luta da bancada federal paraibana pelo ramal da Transnordestina como mecanismo para escoamento da produção agrícola do Alto Sertão ao Litoral.
O tamanho de Cássio no PSDB – Quem ouviu ontem o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, no Correio Debate (rádio), percebeu certa inclinação da cúpula tucana na direção de prestígio ao ex-governador Cássio Cunha Lima, tão logo tome posse no Senado. Cássio foi tratado pelo pernambucano como liderança de expressão reconhecida dentro do ninho.
Guerra pede paz – Habilidoso, Sérgio Guerra quer abrandar as divergências e promover um entendimento entre Cícero Lucena e Cássio em torno da direção estadual do PSDB. “Não nos interessa brigas. Vamos trabalhar para tentar superar as diferenças”.
“Safadeza” – Guerra externou solidariedade do PSDB ao ex-governador paraibano, a quem considerou injustiçado pelo processo de dupla (TRE e TSE) cassação e posterior calvário após o advento da ficha limpa. “Ele foi vítima de safadeza”.
Plano B – Causou curiosidade a declaração do líder da Oposição, André Gadelha, admitindo a possibilidade do PMDB apoiar o PT caso não emplaque candidatura em João Pessoa.
Água fria – O deputado Anísio Maia (PT) afastou logo especulação de adesão ao Governo e chamou de piada as insinuações nesse sentido. “Eu nunca fui adesista. Eu não sou disso”.
A caravana de Agra – O prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, leva hoje vereadores e imprensa para visita as obras de 2.470 casas populares em cinco bairros. São 1.240 somente no Colinas do Sul.
Politização – Do presidente do Sindicato dos Médicos, Tarcísio Campos, sobre a acusação de motivação política para a greve. “Isso é um ato de desespero e falta de argumentos”.
Colaboração – Para melhorar o trânsito toda sugestão deve ser debatida. A do vereador Tavinho Santos (PTB) é a de flexibilização no horário do expediente das repartições públicas da Capital.
Nova geração – Para o deputado patoense Hugo Motta (PMDB) é hora de se pensar na Paraíba. Wilsinho Filho (PMDB) pregou o fim das desavenças em nome do interesse coletivo.
Pauta enxuta – O deputado Ruy Carneiro quer condensar no máximo em dez as propostas elencadas ontem na reunião da bancada para apresentação no encontro com Ricardo no Palácio.
Nas entrelinhas – Recado do governador em entrevista coletiva ontem em Campina Grande. “Eu não admito adjunto querer mandar em secretário”. Dênis Folidol fez que nem ouviu.
Só boato – A secretária Tatiana Medeiros, de Campina, desconhece qualquer mudança na pasta. “Se fosse o caso de acomodação de Ivaldo Morais isso teria acontecido bem antes”.
Troca-troca – O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse ao Correio Debate (rádio) que não é contra a criação do PSD, mas a viabilização de uma janela para a infidelidade partidária.
PINGO QUENTE – “Estamos vendo o titanic afundando”. Do vereador pessoense Mangueira preocupado com a água que faz na canoa do PMDB.
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