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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Perdendo o sono

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publicado em 30/04/2015 ás 09h08

Nem a postura de aliado e defensor estratégico da presidente Dilma Rousseff tem servido para tranqüilizar o governador Ricardo Coutinho quanto ao contingenciamento deflagrado pelo governo. Se o corte e freio atrasam obras, os novos projetos estão ainda mais ameaçados.

Ricardo revelou ontem toda sua preocupação com os entraves na liberação de recursos para continuidade de ações. Parece, mas não exagerou quando disse que o quadro crítico lhe tira o sono. Nenhum gestor quer conviver com o fantasma de obras inacabadas e o perigo de ter o desempenho administrativo prejudicado.

Antes, na reunião com a bancada federal, foi taxativo ao fazer um apelo para que a representação paraibana use prestígio e tribuna para impedir que a Paraíba sofra com as ameaças de cortes e represamento de recursos programados para cair na conta do cofre do Estado e que passaram a minguar de uns tempos pra cá.

Desse mal, nem o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, único petista entre as capitais do Nordeste, tem se livrado. Cartaxo também externa receio pelos reflexos da política adotada pela presidente Dilma como forma de tentar equilibrar as combalidas contas públicas na Nação.

A situação de Luciano é ainda mais dramática. Mais do que Ricardo, governador reeleito e com quatros anos pela frente, Cartaxo está no caminho da reeleição e sabe, como ninguém, o quanto a execução e conclusão das obras relevantes de sua gestão terão influência direta nos seus planos futuros.

Se o quadro caótico balança pilotos de máquinas azeitadas, como as do Estado e da Capital, imagine o que padecem os municípios dependentes exclusivamente dos repasses do FPM, que registra queda após queda, muitos com restrições de continuar mantendo suas estruturas básicas.

Pensando bem, além de tirar o sono de gestores, a crise que a presidente Dilma meteu o Brasil está levando mesmo o cidadão, o mais afetado, ao medo. Medo de quem foi dormir na eleição passada no País dos sonhos e acordou no meio de um grande pesadelo.

Beco…

PPS e PSB da Paraíba vão precisar conviver. De Brasília, vem a informação: a fusão das legendas é irrevogável. Agora, é só questão de tempo para a homologação do acordo.

…Estreito

Efeito mais imediato recai sobre o vice-prefeito pessoense Nonato Bandeira, presidente do PPS, rompido com Ricardo. Os dois ainda conseguem respirar o mesmo ar?

Feira de oportunidades

O secretário Diego Tavares saiu da Feira Municipal do Trabalhador com um carrinho cheio de resultados positivos para comemorar. O evento realizado pela Secretaria do Trabalho e Emprego reuniu mais de 10 mil pessoas nas capacitações. “Estamos chegando mais próximos das pessoas que precisam de uma oportunidade de crescer e se desenvolver”, disse Tavares, em contato com a Coluna.

 

Bombeiro

O líder do governo, Hervázio Bezerra (PSB), trabalhou muito nos bastidores nos últimos dias. Tenta apaziguar os ânimos da crise entre Adriano Galdino e Fábio Maia.

Circunstância

O deputado Jeová Campos (PSB) suou muito para voltar à Assembleia, mas a saúde insiste em lhe tirar dias do plenário. Resiste, mas terá que se afastar para tratamento.

Pergunta-se

A preço de hoje, como diria o filósofo Joelmir Beting, com quantos partidos realmente a articulação do prefeito Luciano Cartaxo (PT) pode contar para uma coligação em 2016?

Frisson

O debate em torno do voto distrital, apreciado na Câmara, agitou os vereadores de João Pessoa esta semana. A maioria, fruto da representação tradicional, se sente ameaçada.

Na miudeza

“Como vamos discutir as políticas públicas se aqui teremos 27 vereadores defendendo bairros”, questiona o vereador Benílton Lucena (PT), contrário à tese do voto distrital.

Enterro

Para o vereador Lucas de Brito (DEM), o voto distrital puro sepultará a pluralidade da representação parlamentar. “As minorias praticamente não terão mais vez”, prega.

PINGO QUENTE

“Nós estamos vivendo a maior crise ética e moral do Brasil”.

Do vereador Fernando Milanez (PMDB), defendendo um plebiscito para avaliar a reforma política em análise no Congresso.

Reprodução Jornal Correio 

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