João Pessoa, 11 de abril de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

A matemática dos 100 dias

Comentários: 0
publicado em 11/04/2011 ás 07h51

Nem tão bom como a Paraíba ainda espera, nem tão ruim como a Oposição insiste em querer pintar. Os 100 dias do Governo Ricardo Coutinho foram “mais ou menos”, como avaliaria um cidadão do povo, sem interesses em agradar ou desagradar.

Mais, quando lançou com custo zero para os cofres públicos o programa Paraíba Integrada, cujo efeito imediato será o de facilitar a vida do paraibano pobre que recorre ao transporte intermunicipal nas viagens cotidianas para pontos distantes do estado.

Menos, porque, conforme prometera em campanha, ainda não baixou rapidamente os índices de violência e ainda vive os desafios da segurança pública de uma Paraíba que hoje prende muito, mas ainda evita poucos homicídios.

Mais, por ter dado lição de civilidade político-administrativa, ao colocar como meta de Governo a continuidade das obras do Centro de Convenções de João Pessoa, esperança motriz da inclusão da Paraíba na rota do turismo de eventos no país.

Menos, pelas escolhas equivocadas para cargos estratégicos do secretariado, o que de certa forma atrapalhou a arrancada da gestão. Cinco tripulantes foram jogados ao mar ou adoeceram antes do centésimo dia de Governo.

Mais, pela coragem de pagar o preço do desgaste ao buscar o ajuste da máquina pública aos índices da Lei de Responsabilidade Fiscal, condição única capaz de fazer sobrar recursos próprios para investimentos. Daqui em diante, a Paraíba espera que a gestão tire a raiz do atraso, positive resultados e ache a equação do desenvolvimento.

Reaparição – Após o traumático julgamento do STF, o senador Wilson Santiago (PMDB) botou a cabeça fora. Defendeu ontem a implantação da Zona Franca do semi-árido brasileiro.

Corrente de fé – Confirmada para amanhã nova reunião da bancada federal em Brasília. Por previdência, a Paraíba deve intensificar orações pela vida dos políticos importantes do Planalto.

Contrastes, desvios e deboche – Levantamento da CGU, cujos dados embasaram matéria de capa do CORREIO de ontem, revela que em muitos municípios os pequenos paraibanos são obrigados a assistir aula em “salas” improvisadas nas casas de professores. Enquanto isso, os prefeitos esbanjam riqueza, carros importados e mansões à beira-mar.

Campanha – O vice-prefeito de Campina Grande, José Luiz Júnior (PSC), deflagrou nesse final de semana campanha de incentivo a doação de órgãos. Zé Luiz, que se submeteu a transplante de fígado ano passado, viu de perto o sentido da palavra solidariedade.

Propaganda gratuita – A presidente da PBtur, Ruth Avelino, emplacou gol na TAM. A empresa aérea exibirá em seus vôos para três milhões de usuários um filme mostrando os destinos turísticos da Paraíba. E o que mais agrada ao lema do novo Governo: tudo a custo zero.

Sem baixa – O deputado federal Efraim Filho aciona a coluna para dizer que não há qualquer queixa do DEM sobre a investida de Rômulo Gouveia, via PSD, em filiados democratas.

E Zé Lacerda? – Efraim minimizou a saída da vereadora pessoense Raíssa e do ex-deputado Zé Lacerda. “Estamos perdendo apenas uma vereadora, que corre o risco de ficar sem legenda”.

Tese – O democrata aposta que o PSD não conseguirá registro e homologação em tempo hábil no Tribunal Superior Eleitoral, o que dificultará a vida de quem quer disputar em 2012.

Deserção – Em tempo, praticamente todos os desertores do PMDB devem encontrar abrigo na nova legenda de Gilberto Kassab. Marcus Odilon e Doda de Tião estão na cabeça da lista.

Remanejamento – Nos corredores do Palácio do Bispo, em Campina, rondam especulações de mudanças na Secretaria de Saúde. O ex-deputado Ivaldo Moraes (PMDB) estaria em alta cotação.

Faturamento – A fábrica Muriel, instalada na Alça Sudoeste de Campina, planeja aumentar de sete para 12 milhões por mês a produção de fraldas descartáveis e empregar 150 funcionários.

Solidariedade – Em passagem por São Paulo, o ex-governador Cássio Cunha Lima fez nova visita ao humorista Shaolim, ainda em estado de coma na UTI do Hospital das Clínicas.

Concha tecnológica – O deputado Toinho do Sopão trocou o alto falante, companheiro de jornada até 2010, pelas ferramentas do seu “novo mundo” e virou um freqüentador assíduo do twitter.

Sem sal – Em Guarabira paira a impressão de que o governo Fátima Paulino (PMDB) terminou antecipadamente. Já reeleita, a prefeita vai cuidando apenas do feijão com arroz.

Efeito Léo ninho – Em entrevista ao site Diário do Sertão, o ex-prefeito de Cajazeiras, Carlos Antônio (DEM), disse que a gestão da terra do Padre Rolim amarga um grande “tsunami”.

PINGO QUENTE – “Eu vi a corja em ação e o fétido conteúdo dessa fossa”. Do ex-candidato ao Governo pelo PCB, Chico Oliveira, sobre os bastidores da campanha de 2010.


* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB