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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

A nossa parte

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publicado em 09/04/2011 ás 11h52

Militante convicto e incansável da cultura de paz, Almir Laureano presenteia a coluna com um desabafo certamente compartilhado pelo maior número de leitores presumíveis desta coluna. O ativista se refere ao assunto mais comentado das últimas horas. O ataque covarde que matou 12 crianças na escola do Realengo, do Rio.

Somos um país de todos os credos, mas uma nação extremamente violenta e intolerante. E os números colecionados pelo MovPaz atestam. Com 34 mil mortes (ano), em números absolutos, o Brasil é o país onde mais se mata por arma de fogo. Por aqui, circulam mais de 17 milhões de armas; a maioria na ilegalidade e nas mãos de civis.

Em cerca de 69% dos assassinatos os autores não têm antecedentes criminais e matam suas vítimas por motivos fúteis. São homicídios desencadeados por pequenos conflitos na mesa de um bar, briga de vizinhos e tantas outras razões supérfluas. A violência começa dentro dos indivíduos e das condições que o circundam.

E aí reside a reflexão de Almir e dos cidadãos preocupados com a miséria social e o caos na segurança. “E se este jovem não tivesse o acesso tão fácil às armas, será que ele não poderia ter agido de modo diferente”? O Caso do Realengo é complexo, mas instiga-nos reflexão sobre a cultura de animosidade coletiva na qual mergulhamos. “Que país é esse”? Indaga Almir Laureano, para em seguida dar resposta salomônica: “é o pais que dele fizerem o seu povo”. Muito depende do pouco que cabe a gente.

Sedução – O presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas, costurou as filiações de três prefeitos do PMDB ao bloco girassol. Dois são da região de Cajazeiras e outra reside no Cariri.

Saco de gatos – Por agregar políticos de todos os perfis, ideais e projetos, doidos por uma janela de salvação, já tem gente chamando o novo PSD de Partido dos Sujeitos Desabrigados.

O foco de Luciano Agra – Ao anunciar o cronograma de inaugurações e anúncios de obras do mês de abril, mês de seu primeiro aniversário de Governo, o prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, parece ter percebido que o melhor a fazer em ano pré-eleitoral é concentrar esforços na construção de um cartão postal proativo. Quer ficar longe da miudeza.

Ordem do dia – O grande desafio do gestor socialista até 2012 é minimizar os problemas no trânsito da cidade. Agra fala em viabilização do transporte BRT e em investimentos na ampliação da ciclovia, melhorias de calçadas e construção de novas passarelas para pedestres.

Exército silente – O governador Ricardo Coutinho tentou ajustar ontem o eixo de rotação com a bancada. Invariavelmente, os deputados aliados optam pelo silêncio diante dos bombardeios da Oposição. Pode ser que a reunião de ontem estimule melhor desempenho na Casa.

Compreensivo – Depois da reunião com Ricardo Coutinho, o exigente deputado Tião Gomes (PSL) vestiu o figurino republicano. “O Governo está começando a organizar e limpar a casa”.

Mal estar – Ficou esquisito. Enquanto Rômulo Gouveia se esforçava para negar assédio, a vereadora Raíssa Lacerda (DEM) bradava aos quatro cantos ter acatado convite do vice.

Terra firme – Já o vereador pessoense Bosquinho seguiu firme e obediente a família Morais. Garantiu que nem pensa deixar o DEM e até classificou o “tsunami” do PSD de marolinha.

Ponte – Apesar de ainda integrar os quadros do PRP, o ex-vereador Dinho assedia lideranças para filiações no partido do seu padrinho político, o vice-governador Rômulo Gouveia.

Desculpas – O senador Cícero Lucena, presidente estadual do PSDB, refutou as queixas usadas por Rômulo Gouveia para deixar o ninho tucano. “Ele está motivado por outras questões”.

Ensaboado – A reação do lubrificado deputado Ruy Carneiro (PSDB) foi de relativa compreensão. “Rômulo deveria ter esperado o desfecho no PSDB, mas é preciso respeitar a decisão”.

Fora – Sob a justificativa de querer evitar conflito com Guilherme Almeida, pré-candidato do PSC, o vice-prefeito de Campina, Zé Luiz, comunicou mudança de partido a Veneziano.

Perguntinha – Em qual roça estava José Alves Formiguinha, ex-secretário da Administração Penitenciária, na hora da posse de seu substituto? Estaria carregando folhas pra Sousa?

As metas – Empossado, o secretário Harrisson Targino anunciou esforço pela implantação do projeto das tornozeleiras, a instalação de novos presídios e a desativação do Róger.

Pra anotar – Moradores das ruas Maria Augusta de Araújo, Benigno W. Garcia e Tiago dos Anjos, no Aeroclube, pedem à Prefeitura de João Pessoa a reforma da praça da localidade.

PINGO QUENTE – “Cachorro não. Eu comi cobra”. Do deputado João Gonçalves (PSDB) em relato resumido da recente e exótica viagem parlamentar à China.

 

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