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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Independência ou estratégia?

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publicado em 07/04/2011 ás 07h45

Em agosto de 2005, o então deputado estadual Rômulo Gouveia arrumava as malas do PSDB para desembarcar no PPS, dirigido à época pelo socialista campinense Hermano Nepomuceno. Vitaminado pela cadeira de presidente da Assembléia, o gordinho buscava espaço noutra legenda para ser candidato a deputado federal.

A falta de entendimento e o perigo da crise interna no partido desmobilizaram Rômulo e o fizeram desistir da aventura política naquela ocasião. Cinco anos depois, o agora vice-governador vive a melhor fase de sua meteórica e vitoriosa carreira. Sente o cheiro da mudança. Dessa vez, diferente de 2005, a migração não será interrompida.

Rômulo está decidido a trocar o ninho tucano pelo novato e insosso PSD, do prefeito Gilberto Kassab. A falta de substância ideológica ou bandeira de luta é o que menos importa em operações desse quilate. Para Rômulo, assim como para a maioria dos políticos, o que interessa é a legenda para viabilizar planos a curto e médio prazo.

A saída de Rômulo não se resume em mera transferência partidária. Para quem conhece o tamanho da intimidade do vice-governador tucano com o núcleo da família Cunha Lima, dificilmente Rômulo tomaria essa decisão sem o aval do clã. Foi assim em todas suas delicadas missões, inclusive a última, quando aceitou compor com Ricardo.

A julgar por esse prisma, o gordinho maneiro deflagra estratégia de dominação partidária para robustecer o grupo em cenários futuros. Até onde dá pra enxergar, não há sinal de insubordinação ou movimento de independência no episódio PSD. Ou não?

Denúncia – A matéria de capa da Revista Politika, lançada ontem por Fabiano Gomes, revela o descaso de prefeitos que ignoram a lógica e preferem morar bem longe do seu povo.

Coincidência – Convidado pelo prefeito Veneziano para a procuradoria adjunta, o advogado Cícero Rodenbush, ligado a Cássio, jura que o convite não tem nenhuma conotação política.

Depois dos 100 dias – O secretário de Comunicação, Nonato Bandeira, confirmou solenidade do governador Ricardo Coutinho na segunda-feira para celebrar os 100 dias de Governo. A partir desse marco temporal, emenda Bandeira, Ricardo deve cumprir intensa agenda no Interior da Paraíba dando ordens de serviço e anunciando a retomada de obras.

Alerta para os ‘malas’ – Dados do corregedor Regional Eleitoral, João Batista Barbosa, mostram que a Paraíba supera São Paulo em três vezes o número de ações eleitorais. O magistrado defende aplicação de multa para os espertos inconformados que abusam da Justiça.

Exorcizados – Os fantasmas do Senado já não assombram e nem tiram o sono do secretário e ex-senador Efraim Morais (DEM). “As funcionárias foram demitidas. O que existe até agora é uma denúncia. Não há qualquer processo formulado contra mim”.

Saco – O Governo garante que o remanejamento de Camará viabilizará reparos da Barragem Saco, em Nova Olinda, terra do vice-prefeito Idácio Souto, fiel escudeiro de Maranhão.

Esforço concentrado – Os advogados do ex-governador Cássio Cunha Lima trabalham para acelerar a transferência do processo da Procuradoria para o gabinete do ministro Joaquim Barbosa.

Até esgotar – Habilidoso com as palavras, Cássio continua pregando o diálogo com Cícero na questão da mudança de comando do PSDB. “Essa tarefa só acaba quando terminar”, filosofa.

Subsídio virtual – Ao repórter Écliton Monteiro, o ex-governador avisou que vai consultar via twitter os seus 25 mil seguidores sobre temas polêmicos e assuntos em tramitação no Senado.

Consolação – Superado o luto pela morte de Zé Alencar, a bancada federal começa se afinar. Aguinaldo Ribeiro (PP) já defende reuniões permanentes entre deputados e senadores.

Caiu na rede – O deputado Anísio Maia (PT), identificado com a pesca, atravessou uma espinha na garganta do secretário Luzemar Martins, a quem chamou de mágico e fraco ilusionista.

Leite derramado – Vermelhos talibãs refletiram muito depois da derrota de José Maranhão e concluíram ontem: a substituição de Gilvan Freire da coordenação foi desastrosa. Tarde demais.

Extemporânea – Outra avaliação. Wilson Santiago deveria ter fechado acordo com Deca do Atacadão e Cássio em Campina para garantir o segundo lugar. Teria evitado a derrapada na curva.

Plano B – O grupo mais próximo de Marcus Odilon avalia a possibilidade de lançar o ex-deputado Quinto de Santa Rita a prefeito de Bayeux, caso o pai não possa disputar em 2012.

No vermelho – Uma traquina prefeita do Vale do Piancó quase deu calote numa badalada boutique da Capital. A dona da loja foi obrigada a depositar certa quantia para o cheque não voltar.

PINGO QUENTE – “Estamos na fase do noivado”. Do vice-governador Rômulo Gouveia (PSDB) sobre o iminente casamento com o PSD.

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