João Pessoa, 11 de março de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A propósito da comentada exoneração, a pedido, do secretário de Saúde do Estado, Mário Toscano, a coluna recebeu de uma fonte merecedora de crédito informação completamente divergente da versão apresentada neste espaço.
De acordo com o relato, Mário Toscano, que já vinha numa rotina desgastante, despachou centenas de processos da Secretaria em pleno sábado de carnaval. No começo da noite do domingo, o então secretário procurou o governador Ricardo Coutinho a quem pediu uma conversa particular.
Comunicou ao governador a impossibilidade de permanecer no cargo devido ao agravamento de seu quadro de hipertensão. Para substanciar o pedido de demissão, Mário entregou nas mãos de Ricardo exames feitos no mesmo dia. A imagem mostrava a aorta de Toscano dilatada, o que indicava complicações de saúde.
A mesma fonte assegurou que Mário Toscano e o governador dividem uma amizade franca e aberta e que por isso não seria necessária a fabricação de uma doença para justificar uma demissão e nem o médico teria precisão de criar um subterfúgio para deixar o Governo.
Particularmente, depois desse novo dado, não duvido que Toscano realmente tenha adoecido e necessitado se livrar do peso e pressão peculiares à função de secretário, porém mantenho a crença que a interferência de terceiros influenciou na decisão. Talvez com intensidade inferior ao grau levantado por este colunista. A escolha do substituto poderá medir qual fator teve mais peso. Aguardemos.
Vai – Se cumprir a promessa de anunciar hoje o seu destino político, o vereador Hervázio Bezerra (PSDB) comunicará a decisão de renunciar e tomar posse na Assembléia.
Esperança – O suplente Raoni Mendes (PDT) aposta que o colega aceitará ser deputado. Mais do que uma convicção, ele torce pelo êxito da operação. Vai ganhar assento definitivo na Casa.
Manoel Júnior, a atuação e a contestação a Luciano – Em entrevista ontem ao Correio Debate (rádio), o deputado federal Manoel Júnior contestou a acusação de fraca atuação na liberação de verbas em favor de João Pessoa. Garantiu que a soma dos recursos destinados à Capital supera a marca dos R$ 56 milhões. Dessa vez, evitou radicalizar o discurso contra o prefeito Luciano Agra (PSB).
Agra, a Cagepa e a agência reguladora – Agra desmistificou a hipótese de solicitar a municipalização dos serviços de água e esgotos de João Pessoa. Admitiu, entretanto, implantar uma agência reguladora para disciplinar as ações da Cagepa na cidade. “Isso não é querer operacionalizar o serviço”.
A politização – Luciano também voltou a falar na polêmica do Aeroclube do Bessa. O socialista lamentou a politização da desapropriação e atribuiu o fato “aos interesses contrariados de gente poderosa”. Citou o envolvimento dos advogados de Maranhão na causa.
Perpetuação – O vice-governador Rômulo Gouveia lidera a tese de manutenção da aliança PSDB e PSB em 2012. “O PSDB está muito bem representado no Governo de Ricardo”.
O motivo – A propósito dos boatos de iminente rompimento entre Cássio e Ricardo, um observador atento registra: quem deseja o fim da aliança são os cassistas que disseminam intrigas.
Domicílio – A candidatura de Trócolli Júnior (PMDB) a prefeito de Cabedelo é pra valer. O deputado já procura um imóvel para fixar residência na cidade onde morou por cinco anos.
Novo gás – Irriquieto, Trócolli voltou a defender oxigenação na direção estadual do PMDB, mas sugeriu o nome do ex-governador José Maranhão na presidência de honra do partido.
Me chama – O vereador pessoense Fernando Milanez (PMDB) deixou escapar ao repórter Écliton Monteiro, da Correio Sat. “Ficaria muito feliz se fosse convidado para se filiar ao PSC”.
Braços abertos – Quem entrou na briga pelos passes de Milanez e Eliza Virgínia foi o PR. “O coração do PR é grande e há espaço para os dois vereadores”, disse o deputado Caio Roberto.
Terrorismo – O clima esquentou em Salgado de São Félix. Dois filhos do vereador Mário Romero (DEM) teriam agredido o filho do vereador Luís Neves (PTB), adversário do prefeito.
Ameaça – Não satisfeitos com a troca de agressões, os filhos do aliado do prefeito teriam ido até a residência do rival para fazer ameaças mais pesadas. Por pouco não houve uma tragédia.
Pauta – Em reunião com o governador, os vereadores da Oposição de Campina Grande pediram obras de infraestrutura e apoio cultural para a cidade. Juram que nada mais pleitearam.
Ainda tem fé – O ex-deputado Dinaldo Wanderley (PSDB) se reuniu ontem com seus advogados na Capital. Quis saber novidades da tramitação do seu recurso no TSE.
PINGO QUENTE – “É hora de acabar com essa história de brigar pela vice”. Do deputado Frei Anastácio rogando que o PT deixe de ser escada de outras legendas, como fez em 2010, inclusive com o aval do religioso.
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