João Pessoa, 27 de maio de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, na noite desta terça-feira (26), o principal ponto da reforma política (PEC 182/07) proposto pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ): o chamado “distritão”, modelo em que os deputados e vereadores seriam eleitos apenas de acordo com a quantidade de votos recebidos, no sistema majoritário. A proposta foi rejeitada por 267 votos a 210 e cinco abstenções.
Deste total, oito, dos 12 deputados federais paraibanos, votaram a favor do Distritão. São eles: Aguinaldo Ribeiro (PP), Hugo Motta (PMDB), Efraim Filho (DEM), Manoel Júnior (PMDB), Pedro Cunha Lima (PSDB), Rômulo Gouveia (PSD), Wilson Filho (PTB) e Veneziano Vital do Rêgo (PMDB). Os outros quatro parlamentares: Benjamin Maranhão (SD), Damião Feliciano (PDT), Wellington Roberto (PR) e Luiz Couto (PT) votaram contra.
A Câmara manteve o modelo atual, com sistema proporcional, que leva em conta os votos recebidos individualmente pelos candidatos de um partido e os recebidos pela legenda. Esses votos são usados para um cálculo de quantas vagas cada partido consegue preencher. Outras mudanças nesse sistema – como a cláusula de barreira e mudanças nas coligações – poderão ser discutidas nesta quarta-feira, quando o Plenário vai retomar a discussão da reforma.
Os deputados também rejeitaram, por 402 votos a 21 e duas abstenções, o sistema de votação em listas fechadas, que previa a distribuição das vagas de acordo com listas preordenadas. O sistema distrital misto – em que metade das vagas seria preenchida por lista e a outra metade pelo voto majoritário em distritos – também foi rejeitado pelo Plenário por 369 votos a 99 e 2 abstenções.
Antes de encerrar a votação, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ressaltou que manteve “rigorosamente” a promessa de votar a reforma política em Plenário, permitindo que os deputados votem todos os modelos propostos. Segundo ele, os deputados terão de arcar com o resultado das votações. “Não aprovar nenhum modelo significa votar o modelo de hoje, uma decisão que a Casa tem de assumir a responsabilidade”, disse.
O relator da matéria, deputado Rodrigo Maia, responsabilizou o PT pela derrota. “O PT mobilizou uma parte da sua base, virou votos da semana passada para essa e provou que não quer mudar nada”, disse.
NOVA VAGA - 17/12/2024