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Ataque em fábrica na França mata um e deixa dois feridos

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publicado em 26/06/2015 ás 08h38
atualizado em 26/06/2015 ás 11h13

Um corpo foi encontrado decapitado e pelo menos duas pessoas ficaram feridas em um suposto ataque islâmico a uma fábrica de gás perto da cidade francesa de Lyon nesta sexta-feira. Houve várias explosões, possivelmente causadas por botijões de gás, na fábrica da Air Products em Saint-Quentin-Fallavier, na província de Isère, disseram fontes. A empresa tem sede nos Estados Unidos. Um suspeito identificado como Yessim Salim foi detido e outro foi morto na cena do ataque.

Em entrevista coletiva, o presidente francês, François Hollande, disse não ter dúvidas de que se trata de um ataque terrorista. Inscrições em árabe foram encontradas no corpo decapitado, informou o presidente. Após o atentado, Hollande decidiu deixar a cúpula da União Europeia (UE) em Bruxelas e voltar para a França.

— A intenção não deixa dúvidas: era provocar uma explosão. O ataque é de natureza terrorista — afirmou Hollande, expressando solidariedade às vítimas.

O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, que está no local do crime, confirmou que havia bandeiras islâmicas. Ele ordenou o reforço da segurança em locais vulneráveis nos arredores de Lyon.

As circunstâncias da decapitação ainda não estão claras. Fontes disseram que um agressor degolou um homem com uma faca, o decapitou e deixou seu corpo perto da entrada da fábrica.

Os dois suspeitos chegaram de carro até o local e chocaram o veículo contra a entrada da fábrica.

Yessim Salim, de cerca de 30 anos, já era conhecido pelas autoridades. De acordo com os serviços de inteligência, ele não tinha participado de atividades terroristas, mas havia sido fichado por radicalização. Suspeito de ter ligações com o movimento salafista, Salim residia na região de Lyon.

Autoridades francesas abriram uma investigação sobre terrorismo após o ataque, que ocorreu por volta de 10h (horário local). Inicialmente, foram relatos vários feridos.

O atentado vem quase seis meses após os ataques islâmicos contra o jornal satírico francês “Charlie Hebdo” e contra um mercado de produtos judaicos em Paris, que mataram 17 pessoas.
G1