João Pessoa, 24 de novembro de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A taxa de desemprego ficou em 8,9% no terceiro trimestre de 2015, segundo dados divulgados nesta terça-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a maior taxa da série histórica, iniciada em 2012.
Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substituirá a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME).
Onde está o desemprego
Entre as regiões brasileiras, a Nordeste mostrou a maior taxa de desemprego, de 10,8%, e a Sul, a menor, de 6% e na comparação entre gênero, as mulheres representavam 51,2% da população desocupada. Essa tendência pode ser observada em quase todas as regiões, menos no Nordeste.
O grupo de brasileiros de 14 a 17 anos de idade respondiam por 8,4% das pessoas desocupadas no país; os jovens de 18 a 24 anos eram 33,1% e os adultos de 25 a 39 anos de idade, de 37%.
No terceiro trimestre, 51,2% das pessoas desocupadas tinham concluído pelo menos o ensino médio e 25,9% não tinham o ensino fundamental. Os desempregagos com nível superior completo chegavam a 8,8%.
No geral, a população desocupada cresceu tanto em relação com o trimestre anterior, 7,5%, quanto frente ao mesmo período do ano passado, 33,9%, chegando a 9 milhões de pessoas. De acordo com o IBGE, esse foi o maior crescimento da população desocupada na comparação anual. Já a população ocupada ficou estável e somou 92,1 milhões de pessoas.
Segundo o IBGE, 35,4 milhões de pessoas tinham carteira de trabalho assinada no setor privado, uma queda de 1,4% diante do trimestre anterior e de 3,4% frente ao mesmo período de 2014.
No Brasil, quase 39% das pessoas em idade de trabalhar foram classificadas como fora da força de trabalho, ou seja, não estavam ocupadas nem desocupadas. O Nordeste teve a maior taxam de 42,5% e a Centro-Oeste, a menor 35,3%.
O setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas concentrava a maior proporção de trabalhadores (19,1%), seguido pelo segmento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (16,8%) e pela indústria geral (14%).
Renda
O rendimento médio real de todos os trabalhos foi estimado em R$ 1.889. Não houve variação em relação ao mesmo trimestre de 2014, mas caiu 1,2% frente ao segundo trimestre de 2015.
G1
OPINIÃO - 22/11/2024