João Pessoa, 13 de dezembro de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Representantes de 195 países reunidos na Conferência do Clima (COP21), em Paris, aprovaram o acordo final sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa. O acordo histórico prevê a criação de um fundo anual de 100 bilhões de dólares, financiado pelos países ricos, a partir de 2020, para manter o aquecimento global “bem abaixo de 2°C, com esforços contínuos para limitar o aumento em 1,5°C”.
“Estou olhando a sala, vejo que a reação é positiva, não ouço objeções, o acordo de Paris para o clima foi adotado”, declarou, bastante comovido, Laurent Fabius, presidente da 21ª Conferência da ONU para o Clima e ministro das Relações Exteriores da França, batendo o martelo no púlpito. Uma longa salva de palmas tomou conta da sala de conferências, seis anos após o fiasco da COP15 de Copenhague, que fracassou em selar um acordo parecido.
O Acordo de Paris, como foi chamado o documento final da 21ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), entrará em vigor em 2020. A cada cinco anos, os países deverão prestar contas sobre as ações desenvolvidas para evitar que a temperatura global não aumente mais de 2 graus Celsius. A redução do aquecimento pretende evitar fenômenos extremos como ondas de calor, seca, cheias, ou subida do nível do mar.
Trata-se do primeiro acordo sobre clima desde a assinatura do Protocolo de Kyoto (1997) e o primeiro a ter um compromisso de todos os países, não apenas dos mais desenvolvidos, em relação à redução de emissões.
Com a aprovação, o desafio das nações será equilibrar as emissões de gases tóxicos gerados pela ação do homem e os níveis suportados pela natureza. Os países que assinam o documento definiram que as reduções de emissões de gases devem atingir o limite o mais rápido possível, mas não definiram quando o resultado deve ser alcançado. Na conferência, os representantes reconheceram que as nações em desenvolvimento deverão levar mais tempo para atingir as metas definidas.
“Temos um acordo equilibrado, ambicioso, durável, juridicamente obrigatório e justo, respeitando as diferenças de capacidade e responsabilidade”, declarou Laurent Fabius. “É um documento histórico, estabelece ao mundo um novo caminho”, disse Ban Ki Moon, secretário-geral da ONU. O Acordo de Paris terá força de lei internacional.
Veja
OPINIÃO - 22/11/2024