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DISTORÇÃO

Discípulo de Luiz Gonzaga critica Safadão: “É tudo, menos forró”

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publicado em 12/01/2016 ás 10h24
atualizado em 12/01/2016 ás 13h03
Pinto do Acordeon no Frente a Frente, da TV Arapuan

Um dos ícones do ritmo difundido por Luiz Gonzaga, o paraibano Pinto do Acordeon criticou duramente a a distorção do forró e citou como exemplo o cantor cearense Wesley Safadão, o artista mais concorrido na atualidade. “Aquilo é tudo, menos forró”, disse Pinto, ontem, ao jornalista Heron Cid, no programa Frente a Frente, da TV Arapuan.

Natural de Conceição (PB), Pinto reconhece os méritos de Wesley como show-man, mas defende a distinção. “Eu ouvi gente chamando ele de rei do forró. Isso eu não assino embaixo”, cravou.

Outro nome –No auge dos seus 66 anos com 460 canções gravadas, mais de quarenta anos dedicado à música e as composições, Francisco Ferreira Lima, nome recebido na pia batismal, sugere que as bandas do gênero criem um nome para o ritmo que – na sua concepção – não tem nada de forró.

“Quando gritam lá vem a banda ‘Navio do Forró’, aí a bateria começa ‘pra escapar’, ‘pra escapar, ‘pra escapar”, brinca Pinto, usando o termo como onomatopéia do som do instrumento.

Ele critica, também, a “pobreza” musical das letras e o que chama de “apelo” das temáticas da farra, da bebida, somado à ausência de poesia, melodia e criatividade.

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