João Pessoa, 26 de janeiro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O desembargador e membro da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), Marcio Murilo da Cunha Ramos, reprovou, em postagens nas redes a postura do secretário executivo do Meio Ambiente da Paraíba, Fabiano Lucena, que ontem, em entrevista a Rádio Arapuan, chamou de ignorantes os magistrados, que já acataram ações determinando a manutenção das atividades comerciais no Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha. Ele também aconselhou o dicionário aurélio aos juízes.
Para o desembargador, a atitude do secretário foi absurda, irresponsável e incorreta. Ele também sugeriu ao ‘amigo’ Fabiano Lucena um pedido de desculpas públicas aos magistrados.
“No conflito de interesse cabe ao Juiz decidir e o inconformado tem o livre direito de recorrer. Absurda, deselegante, incorreta, incabível e irresponsável a atitude do amigo Fabiano Lucena, que taxou os dois juízes que concederam liminares contra a proibição de venda de alimentos em Areia Vermelha, dentre outras coisas, de analfabetos. São juízes probos e inteligentes. Defendo as idéias ecológicas do secretário, mas educação e respeito é imperioso. Fica a sugestão para um pedido de desculpas públicas”, disse Marcio Murilo.
Entenda o caso
No último dia 12 de janeiro, o Governo do Estado colocou em vigor o fim de comercialização de alimentos e bebidas e cadeiras, no parque, mas o juiz da 4ª Vara Mista de Cabedelo, João Machado de Souza Júnior, suspendeu as proibições.
Em seguida, na sexta-feira (15), foi publicada no Diário Oficial do Estado portaria da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) que proibia a venda e consumo de bebidas e alimentos no Parque, mas o juiz da 3ª Vara Mista de Cabedelo, Kéops de Vasconcelos, suspendeu a decisão.
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