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APÓS IMPEACHMENT

Lindbergh: País terá campanha por Diretas caso Temer assuma

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publicado em 18/04/2016 às 14h42
Plenário do Senado durante sessão não deliberativa. Em discurso, senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Ainda  sob o impacto da derrota do governo no plenário da Câmara dos Deputados, o que levará ao Senado a decisão final sobre se haverá ou não o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) prevê a retomada de uma campanha por Diretas, Já! no país, caso o vice presidente Michel Temer venha a assumir o comando do país.

“Se o Michel Temer assume a Presidência, de cara, vai vir a ilegitimidade. O povo brasileiro está desconfiado disso porque eles assaltaram o poder. Acho que vai surgir um movimento Fora, Temer e Fora, Cunha. Existe uma discussão sobre eleições também. Consumado o golpe, vai ficar clara a ilegitimidade. E vai, sim, crescer no Brasil a discussão sobre Diretas, Já!, se eles consumarem esse golpe vergonhoso”, disse o senador momentos após ter sido confirmada a derrota dos governistas na Câmara.

Para o senador petista, a população já se deu conta de que Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “aproveitaram as manifestações para chegar ao poder”, mas que, da forma como o processo se deu, eles vão assumir, “fracos e sem legitimidade”, o governo. “Tenho convicção de dizer que as ruas vão pedir a cabeça dele, que é um conspirador de quinta categoria”, acrescentou o senador. Segundo ele, no entanto, há boas possibilidades de que o Senado evite que o país chegue a esse ponto.

“Vamos estudar o que fazer a partir de agora em relação a essa tentativa de golpe. O PT vai se reunir. Temos esperanças no Senado porque ainda tem muita gente indecisa lá. O que posso dizer é que eles não têm dois terços no Senado para afastar definitivamente a presidenta Dilma”, disse Lindbergh.

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