João Pessoa, 26 de abril de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O deputado estadual Anísio Maia (PT), apresentou requerimento a ser enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando que seja colocado em pauta o julgamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).”Estou apresentando requerimento a ser votado pelo Plenário da Assembleia Legislativa para que seja enviado ao STF moção de apelo ao presidente Teori Zavascki solicitando celeridade para o julgamento dos processos contra Eduardo Cunha. Certamente, é de interesse de todos que são contra a corrupção que este assunto entre finalmente em pauta”, afirmou.
Anísio Maia ressalta que Eduardo Cunha já é alvo de processo na Comissão de Ética da Casa e réu em três inquéritos no STF e utiliza-se de seu cargo e da influência junto a deputados de sua base de apoio para garantir sua impunidade. “Não há motivo ou razão jurídica para que o STF não se manifeste. Por que há celeridade em ações do impeachment contra a presidenta Dilma enquanto Cunha, comprovadamente corrupto, permanece em um cargo tão importante, constrangendo todo o país?” questionou.
Sobre o processo de impeachment, chamado de golpe por ausência de crime de responsabilidade praticado pela presidenta o deputado afirmou que “Caiu por terra o argumento daqueles que, na falta de argumentos legais, votaram no impeachment pela vontade popular. Depois do triste episódio na Câmara dos Deputados, no dia 17, quando vimos corruptos bradando contra a corrupção, apenas 8% da população acha que Dilma deve sofrer impeachment para Temer assumir a presidência. De acordo com pesquisa IBOPE, 25% acham que Dilma deve continuar e 62% defendem novas eleições”.
Para o deputado petista, a comoção nacional de luta contra a corrupção, forjada pela oposição de direita em parceira com a grande mídia, era na verdade um pretexto para derrubar um governo democraticamente eleito. “Por onde anda operação Lava Jato? A luta era contra a corrupção ou contra o governo do PT? Está em curso uma negociata para salvar um grande ladrão chamado Eduardo Cunha”.
OPINIÃO - 22/11/2024