João Pessoa, 06 de maio de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Ao menos 73 pessoas morreram em combates que ocorrem desde quarta-feira (4) na periferia sul da cidade de Aleppo, no norte da Síria. Para essa região foram transferidos os enfrentamentos entre as forças governamentais e facções armadas como a Frente al-Nusra (al-Qaeda), após o início da trégua, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
A ONG detalhou, nesta sexta (6), que pelo menos 43 combatentes de grupos armados e 30 efetivos do regime sírio morreram nesses confrontos, segundo a Efe.
A Frente al-Nusra e outras facções rebeldes como Jund al-Aqsa e os Livres de Sham lançaram ofensiva no sul de Aleppo, na qual tomaram o controle dos povoados de Khan Tuman, Abu Ruil e Jirbet Hajj Azu, e de dois montes.
Campo de refugiados
Nesta quinta-feira (5), pelo menos 28 civis morreram e 50 ficaram feridos em bombardeios aéreos contra um campo de refugiados província de Idleb, também no norte da Síria. O ataque ocorre no momento em que uma trégua na castigada cidade de Aleppo acabava de entrar em vigor, nesta quinta-feira (5).
O campo de refugiados atingido abrigava famílias que escaparam dos combates de Aleppo. A província de Idleb é controlada pela Frente al-Nosra – a filial síria da rede al-Qaeda – e por seus aliados rebeldes.
O OSDH advertiu que o número de mortos no ataque pode aumentar, já que muitos feridos se encontram em estado grave.
O diretor da agência de notícias local Shahba Press (pró-rebeldes), Mamun al-Jatib, acusou o governo de Bashar al-Assad. “Dois aviões do governo de Assad lançaram quatro mísseis sobre o campo situado na localidade de Al-Kamuna. Dois mísseis caíram perto do campo, e outros dois, no interior, incendiando várias tendas”.
A comunidade internacional reagiu rapidamente ao ataque, com o diretor de Operações Humanitárias da ONU, Stephen O’Brien, advertindo que “se este ataque obsceno tinha como alvo deliberado uma estrutura civil, pode constituir um crime de guerra”.
“Estou horrorizado e chocado pela notícia de civis mortos por bombardeios aéreos em dois assentamentos, onde pessoas refugiadas buscavam um santuário”.
A União Europeia (UE) qualificou o ataque de “inaceitável”, enquanto os Estados Unidos declararam que apesar de não confirmada a responsabilidade do regime sírio, o bombardeio corresponde “totalmente” a operações anteriores.
“Nada justifica um ataque contra civis na Síria, muito menos contra aparentemente um campo de refugiados”, disse o porta-voz do departamento americano de Estado Mark Tonner.
G1
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