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Manoel Jr comenta novas regras para prorogação do Mais Médicos

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publicado em 25/08/2016 às 10h56
atualizado em 25/08/2016 às 07h59

A Câmara dos Deputados aprovou na última segunda-feira (22), Medida Provisória, que prorroga por mais três anos o programa Mais Médicos. Criado em 2013 para aumentar o número de médicos no interior do país, o programa prevê que o prazo de atuação dos médicos estrangeiros seja renovado somente após eles passarem por um exame para revalidar o seu diploma.

Pela MP, que havia sido editada em abril pela presidente afastada Dilma Rousseff, os profissionais podem continuar por mais três anos no país participando como intercambistas do Programa, mesmo sem ter o diploma revalidado.

O deputado federal e candidato a vice-prefeito de João Pessoa pela coligação “Força da União por João Pessoa”, Manoel Junior (PMDB), que também é médico, concorda com a prorrogação, mas com ressalvas ao Programa.

“O programa trouxe benefícios para as regiões mais distantes do país, disso não temos dúvida. Mas o modelo é equivocado, nós tínhamos que estar usando todo o potencial de mão de obra nacional. Estão importando profissionais que muitas vezes não tem o conhecimento das doenças tropicais, comuns no nosso país”, argumentou.

Na justificativa enviada ao Legislativo para que seja aprovada a MP, o governo destaca a importância do programa para melhorar o atendimento à saúde da população brasileira em 4.058 municípios do país, atingindo uma cobertura de 63 milhões de pessoas, o que equivalente a cerca de 30% da população. Ainda segundo o governo, 18.240 profissionais participam do programa.

De acordo com Manoel Junior, o Mais Médicos não prestigia a mão de obra nacional. “Nós temos suficientes condições de utilizar médicos recém- formados de universidades públicas e privadas de todo o Brasil que, além de atenderem a população, terão a oportunidade de ampliar seus horizontes profissionais, conhecer patologias distintas que ocorrem nas diversas regiões do país. Um exemplo disso é a malária, comum no norte e pouco conhecida no sul, a doença de chagas, com muitos casos no nordeste e pouco conhecida no sudeste”, comentou.

O texto da MP segue agora para o Senado e, para não perder a validade, precisa ser aprovado até o dia 29 de agosto.

MaisPB

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