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A Polícia Civil da Paraíba concluiu parte do inquérito que investiga o assassinato da estudante Rebeca Cristina Alves Simões, morta em 11 de julho de 2011. A Justiça decretou a prisão preventiva na tarde dessa terça-feira (20) do principal suspeito do homicídio, Edvaldo Soares da Silva, padrasto da vítima.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Glauber Fontes, o inquérito realizado pela Polícia Civil aponta 22 indícios que dão subsídios necessários para a prisão preventiva e o entendimento de que o caso está em fase de conclusão, após cinco anos de investigação e mais de 100 pessoas ouvidas em depoimento. “Após o levantamento, o Ministério Público ofereceu a denúncia e o Juiz do 1º Tribunal do Júri a recebeu, logo, converteu a prisão temporária em preventiva, atendendo a uma representação da Polícia Civil. O que significa dizer que o Edvaldo Soares, agora é considerado réu e responde pelos crimes de estupro e homicídio qualificado”, disse o policial.
Ainda segundo Glauber Fontes, entre os indícios apontados pela Polícia Civil, destacam-se: o histórico do suspeito voltado para prática de crimes sexuais, pois, ao longo da investigação, vários casos foram identificados, tendo alguns se transformado em inquérito policial próprio e em sindicância instaurada.
“No dia do crime, Edvaldo Soares não estava escalado oficialmente para trabalhar no Presídio do Róger, como afirmava. Ele usou a unidade prisional apenas para apresentar um álibi que não se sustentou. Esteve ausente do presídio no dia do crime não em qualquer horário do dia, mas, exatamente no período em que a perícia concluiu que houve a morte da estudante Rebeca Cristina. Por diversas vezes, o suspeito tentou tumultuar as investigações, sempre trazendo informações falsas. Quanto à motivação do crime, trabalhamos em duas frentes: Edvaldo mantinha um relacionamento extraconjugal e a vítima teria descoberto isso e a segunda foi em razão de um distúrbio sexual apresentado pelo suspeito”, afirmou Glauber Fontes.
Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que o padrasto de Rebeca Cristina tinha se envolvido em um caso de tentativa de homicídio contra uma ex- mulher, com quem tem uma filha. Além disso, em sua casa foram encontradas fotografias de crianças em poses sensuais. Compõem o inquérito também, provas técnicas esclarecendo que no momento do crime, Edvaldo Soares estava na área onde Rebeca foi assassinada. “Muitas provas nos dão referência para o pedido de prisão preventiva. Em depoimento, vários colegas afirmaram que Edvaldo disse que Rebeca estava desaparecida antes do meio dia, quando, na realidade, ele só foi comunicado oficialmente do desaparecimento da vítima após às 14h pela mãe da estudante que só sentiu falta da filha por volta desse horário. Temos informações robustas que dão clara certeza para a Polícia Civil da participação efetiva do Edvaldo Soares no crime”, finalizou o delegado.
MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024