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Crime

Delegado diz que ao menos 15 tiros de fuzil foram disparados contra presidente da Portela

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publicado em 27/09/2016 ás 13h45

O delegado assistente da Delegacia de Homicídios da capital Brenno Carnevale disse que foram disparados pelo menos 15 tiros de fuzil contra o presidente da Portela Marcos Falcon e que quatro o teriam atingido. A delegacia fará uma perícia complementar no local do crime no início da tarde desta terça-feira. Segundo o delegado, o objetivo é colher mais informações que ajudem nas investigações.

Cinco filhos da vítima e três testemunhas do crime já foram ouvidas na DH. A polícia também já recolheu imagens de câmeras espalhadas na rua onde ficava o comitê eleitoral de Falcon. Ainda não se sabe a motivação do crime, por que Falcon andava com seguranças e se alguma desavença possa ter contribuído para a execução.

Carnevale ressaltou que ainda não está descartada motivação política para o crime, embora a forma da execução tenha sido uma demonstração de poder.

— Foi um crime para mostrar muito poder. Foi praticado à luz do dia, com várias pessoas presentes e utilizando armas de grosso calibre (fuzis). Quiseram mandar um recado de poder e de força bélica — frisou o delegado.

Carnevale disse que chamará para depor qualquer pessoa que possa ser suspeita de ter tido alguma desavença com Falcon, como o contraventor Rogério Andrade, com quem a vítima teria se desentendido em 2015. Ele reiterou a certeza da polícia de que houve uma execução.

— A DH atestou através da perícia de local, da investigação preliminar, que houve uma execução sumária de Falcon. Não há que se falar em roubo seguido de morte. No entanto, apesar dessa certeza, abre-se um cenário para diversas possíveis motivações. Seria prematuro, no estágio atual da investigação, com menos de 24 horas da ocorrência do crime, descartar qualquer tipo de motivação. Então, toda e qualquer hipótese, seja relacionada ao trabalho da vítima, seja ligada à posição que ele ocupava no cenário da agremiação, seja o fato de ele ser candidato a vereador no Rio, todos esses fatores são importantes para a investigação. Tudo será investigado. Pessoas serão chamadas a depor, o perfil da vítima será traçado para se chegar à linha de investigação mais provável — explicou.

Sobre o fato de que Falcon andava com seguranças, o delegado disse que vai apurar essa informação:
— A DH está apurando a informação de que a vítima andava pela costumeiramente com seguranças. A partir da confirmação dessa informação, vamos identificar essas pessoas, vamos procurar saber se elas estavam no local do crime e o motivo pelo qual a vítima sentia necessidade de andar com seguranças. Esse fato é muito importante porque diz respeito justamente à integridade física e a própria proteção da vida dele.

O GLOBO