João Pessoa, 16 de outubro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O Papa Francisco proclamou santo o sacerdote argentino José Gabriel del Rosario Brochero (1840-1914), que também é conhecido como “o padre gaúcho”, durante uma cerimônia realizada neste domingo (16) na Praça de São Pedro, no Vaticano.
A cerimônia de canonização do 1º santo que nasceu, viveu e morreu na Argentina foi acompanhada por milhares de argentinos, sobretudo de Córdoba, e por uma delegação oficial liderada pelo presidente Mauricio Macri, sua esposa e filhas, e a chanceler Susana Malcorra.
Durante a cerimônia, realizada na presença de dezenas de milhares de fiéis, também foram proclamados outros seis santos: o mexicano José Sánchez del Rio ( morto aos 14 anos durante a revolta contra os chamados “cristeros”); o bispo espanhol Manuel González García; dois sacerdotes italianos, Lodovico Pavoni e Alfonso Maria Fusco; e dois religiosos franceses, Salomone Leclercq e Elisabetta Catez.
O prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, o cardeal Angelo Amato, acompanhado dos postuladores, apresentou a Francisco o pedido de canonização e leu uma pequena biografia de cada um dos novos santos.
Depois o papa pronunciou a fórmula em latim: “Em homenagem à Santíssima Trindade, pela exaltação da fé católica e o aumento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo e dos santos apóstolos Pedro e Paulo, após haver refletido largamente e invocado a ajuda divina e escutando o parecer de muitos de nossos irmãos bispos, declaramos santos os beatos e os inscrevemos no Catálogos dos Santos, e estabelecemos que em toda a Igreja sejam devotamente honrados entre os santos”.
Em seguida, os aplausos dos milhares de fiéis que compareceram à cerimônia foram ouvidos na Praça de São Pedro.
Recorde
Com essas canonizações, Francisco se converte em um dos pontífices que mais proclamou santos em três anos de pontificado, segundo a France Presse. Entre novos santos estão os papas João XXIII e João Paulo II, em 2014, e a madre Teresa de Calcutá este ano.
Em 27 anos de pontificado, João Paulo II (1978-2005) proclamou 480 santos, um recorde na história da Igreja católica.
A chamada “fábrica dos santos” é uma máquina burocrática complexa que estuda vida e os milagres atribuídos aos candidatos à honraria.
No início do ano, Francisco aprovou normas para o financiamento das causas de beatificação e canonização, uma maneira de garantir uma maior transparência depois do escândalo conhecido como Vatileaks2, no qual foram denunciadas as somas elevadas que algumas congregações religiosas gastaram para alcançar a beatificação ou a canonização de seus protetores.
G1
TURISMO - 19/12/2024