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Citado na delação da Odebrecht, feita pelo ex-diretor da empreiteira Cláudio Melo Filho, o ex-deputado federal paraibano Inaldo Leitão não declarou ter recebido recursos da construtora da Odebrecht em sua prestação de contas nas eleições de 2006, quando tentou a reeleição para a Câmara Federal.
Após ter sido incluído na delação da construtora, o ex-parlamentar alegou que não se lembrava do montante recebido, mas garantiu em postagens nas redes sociais que a doação teria sido oficial. Portanto, a versão do paraibano não ‘condiz’ com os dados declarados à Justiça Eleitoral. Segundo a delação, Leitão teria recebido uma doação de R$ 100 mil.
Em sua postagem no Facebook, trata o ex-diretor Cláudio Melo de ‘ex-amigo’ e ‘atual canalha’ e garante que “jamais fez qualquer pagamento à empresa nos cargos que exercei e tampouco apresentou projeto de lei ou relatei proposição do seu interesse, direto ou indireto, na Câmara dos Deputados. Isso inclui qualquer outra empresa”.
Inaldo lembrou que mora em Brasília desde 2007 pagando aluguel. “Em 40 anos de atividade profissional (advogado, procurador do Estado e professor da UFCG), fui também Secretário de Estado por três vezes, Delegado do Mec, Deputado Estadual, Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Federal por duas legislaturas e o único patrimônio imobiliário que tenho é um apartamento em João Pessoa (bem de família). Ou seja, nunca me utilizei da carreira pública para acumular patrimônio ilegalmente. Nesse quesito, ocorreu o contrário: só perdi. E não me arrependo, pois jamais tive como objetivo de vida a riqueza”, revelou.
Em 2006, Inaldo Leitão não conseguiu a reeleição para a Câmara Federal. Ele obteve 44.587 votos e ficou na 2ª suplência de sua coligação. À Justiça Eleitoral, o paraibano declarou ter recebido R$ 453.276,31 em doações para a campanha.
MaisPB
TURISMO - 19/12/2024