João Pessoa, 18 de abril de 2018 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Após fazer dois shows históricos na Paraíba, o cantor e compositor Geraldo Vandré lança agora em sua terra natal o livro “Poética”, de sua autoria. A obra, originalmente intitulada de “Cantos Intermediários de Benvirá”, teve sua primeira edição lançada no Chile em 1973, ainda durante o período do exílio do artista naquele país. Já “Poética”, a primeira edição brasileira da obra, será lançada nesta sexta-feira (20), às 19h, na Academia Paraibana de Letras, localizada na Rua Duque de Caxias, centro da capital.
O secretário de Estado da Cultura, Lau Siqueira, lembra que “as pessoas que não puderam assistir o recital dos dias 22 e 23 de março, agora poderão ter esse encontro com o poeta e ainda levar para casa uma obra de rara beleza”. O livro será vendido no valor de R$ 30,00 e quem não puder comparecer ao lançamento poderá ainda adquirir um exemplar da obra na própria APL, que funcionará como um ponto de venda aqui no estado.
A reedição de “Poética” é assinada pela A União Superintendência de Imprensa e Editora, do Governo do Estado da Paraíba, e, assim como a edição original, é composta por poemas escritos pelo “Mito da MPB”, Geraldo Vandré.
Recital “Música e Poesia da Capitania de Wanmar” – Nos dias 23 e 24 de março, Geraldo Vandré quebrou 50 anos de silêncio artístico ao se apresentar num recital histórico na Paraíba. A convite do Governo do Estado, e ao lado da pianista Beatriz Malnic, do violonista Alquimides Daera, da Orquestra Sinfônica e do Coro Sinfônico da PB, Vandré subiu no palco e cantou pérolas de sua carreira, como o hino da resistência ao militarismo “Para não dizer que falei de flores / Caminhando”, sendo ovacionado pelo público. Foi, principalmente, por meio desta canção que Vandré se tornou o artista mais requisitado do Brasil e também alvo dos militares, que condicionaram sua volta ao país de origem ao preço de não mais cantar músicas de protesto. Como resposta, Vandré deu o seu mais absoluto silêncio artístico durante de cinco décadas e passou a ser conhecido como o “Mito da MPB”.
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OPINIÃO - 22/11/2024