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edição de 2016

Ex-BBB condenado por estupro de menor cumpre pena até hoje no PR

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publicado em 24/01/2019 às 10h50
atualizado em 24/01/2019 às 07h52

O caso do biólogo Vanderson Brito — expulso do “BBB 19” após ser convocado para depor à Polícia Civil sobre acusações de agressão física, estupro e importunação — guarda semelhanças com o de outro participante do reality show. Em fevereiro de 2016, o designer de tatuagens Laércio de Moura, então com 53 anos, foi eliminado num paredão do “BBB 16” em meio a denúncias de pedofilia. Meses após deixar a casa, Laércio acabou sendo preso preventivamente, condenado e, atualmente, cumpre uma pena de 12 anos de prisão por estupro de vulnerável na Casa de Custódia de Curitiba, no Paraná.

Laércio está preso desde maio de 2016 no mesmo presídio. Segundo o Tribunal de Justiça do Paraná, já cumpriu 2 anos e 9 meses de sua pena. Em 2017, a defesa do ex-BBB chegou a entrar com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas o pedido foi negado. O processo de Laércio está em segredo de Justiça, por isso não é possível ter informações sobre a vítima do designer de tatuagem.

Como estupro de vulnerável é um crime hediondo, Laércio não pode ter a pena anistiada ou receber indulto, e a progressão de regime (ou seja, a ida para o semiaberto, onde poderia deixar a prisão para trabalhar ou estudar) só pode acontecer com o cumprimento de no mínimo dois quintos da pena — no caso do designer de tatuagem, quase cinco anos.

Apelido de Barba Azul

O designer era apelidado de Barba Azul, pela cor com que pintava sua barba enquanto estava no reality show. Durante a passagem pelo “BBB 16”, Laércio revelou que costumava se envolver com mulheres mais novas (“Só aparecem novinhas mesmo, tipo 17, 18, 20”, declarou ele no confinamento) e foi chamado de pedófilo pela participante Ana Paula Renault. Em conversa com o EXTRA antes de ser preso, ele explicou sua aproximação com as mais jovens.

— Não é uma questão de preferência, mas, sim, de oportunidade, pois eu frequento baladas, lugares em que, geralmente, são frequentados por mulheres mais novas. Não peço pra ver a carteira de identidade para ficar com uma mulher. Se ela está na balada, sei que tem acima de 18 anos — justificou.

Em fevereiro de 2017, a mãe do designer de tatuagem, a aposentada Regina de Moura, de 77 anos, afirmava que a família estava esperançosa por um desfecho feliz.

— Essas meninas armaram contra ele. Estão investigando a vida dele, mas ninguém achou prova alguma. Estamos aguardando, se Deus quiser tudo vai se resolver — disse ela, à época.

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