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“As Aventuras de Tintim” festeja 90 anos e vai ganhar novo filme

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publicado em 28/01/2019 ás 16h50
atualizado em 28/01/2019 ás 16h54
Imagem do primeiro filme de Tintim, dirigido por Spielberg e produzido por Jackson.

A informação sobre um segundo episódio para o cinema de “As Aventuras de Tintim” foi divulgada pelo diretor da editora Casterman, Benoît Mouchart, à rádio Franceinfo. No próximo longa, os cineastas vão trocar de posições: Jackson, que produziu o primeiro, vai ser o diretor. Já Spielberg, da direção, passa para a produção.

Em uma entrevista ao site americano Polygon no final do ano passado, Peter Jackson explicou que, depois de ter trabalhado no roteiro adaptado de “Templo do Sol”, ele queria finalmente ter a liberdade de escolha no meio da “variedade” de histórias de Tintim.

O jovem repórter apareceu pela primeira vez em “Tintim no país dos soviéticos”, publicado no dia 10 de janeiro de 1929, no jornal católico belga “Le Petit Vingtième”. Ele é sempre acompanhado pelo fiel cachorrinho Milu. Mais tarde, outros personagens pitorescos foram aparecendo e participando do elenco fixo, como o Capitão Haddok.

A série, publicada semanalmente, teve muito sucesso, e ao fim de cada história, as tiras eram reunidas em livros – foram 23 até 2008. O personagem ganhou revista própria, Le Journal de Tintim, e teve versões para teatro e, depois, para o cinema.

Tintim é um dos heróis de HQ mais populares do século XX. Suas aventuras foram traduzidas para mais de 50 línguas e seus álbuns já venderam mais de 200 milhões de exemplares no mundo todo.

Os traços são claros, seguindo o estilo “ligne claire”, próprio de Hergé. Os enredos são bem elaborados, com elementos de fantasia, mistério, espionagem e ficção científica, além de muito humor.

Acusações de racismo

“Tintim no Congo” (1931), foi uma das obras mais polêmicas da série, por causa da maneira como os africanos eram retratados, com lábios grossos e exagerados, além de serem ingênuos e primitivos. O álbum foi relançado em cores em 1946, redesenhada, resumida e com alterações na ideologia colonialista que aparecia na primeira edição. Hergé chegou a se explicar que apenas tinha utilizado a ideologia em voga na Bélgica colonialista.

RFI