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FEVEREIRO LARANJA

Leucemia: Unimed-JP alerta para sintomas

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publicado em 18/02/2019 ás 15h46

Davi Ferreira Guimarães tem sete anos e é um menino alegre, que vive as traquinagens típicas de todo garoto de sua idade. Mas, nem sempre foi assim. Aos quatro anos, a família descobriu que os sintomas que ele estava sentindo não eram de uma simples gripe. Davi estava com leucemia. A partir daí, começou uma história de muita perseverança e fé.

A mãe de Davi, a funcionária pública Lidiane Sonali Rocha Ferreira, contou que quando o garoto teve febre e depois uma anemia, ela e o marido decidiram procurar o médico. “Tivemos uma grande surpresa com o diagnóstico. Foi muito difícil para toda a família. A gente nunca acredita que uma doença dessas vá acontecer tão perto. Mas, como mãe, bati a poeira e saí em busca do melhor tratamento para o meu filho”, lembrou emocionada.

TRATAMENTO

Todo o tratamento de Davi foi realizado na Unidade de Oncologia e Medicamentos Especiais da Unimed João Pessoa. O tratamento do menino durou dois anos. Todo o primeiro ano foi com quimioterapia venosa, depois com o protocolo de manutenção.

“O cabelo dele não caiu, mas tinha dia em que o desgaste por conta da quimioterapia era grande. Foi muito doloroso para ele e para nós. Mas, ter ficado em um local como o que ele ficou, um ambiente humanizado, amenizou os aspectos de um hospital. A Unimed João Pessoa nos deu um grande apoio. Por isso, sou muito agradecida”, relatou.

Em meio ao tratamento de Davi, Lidiane engravidou de Letícia. A menina nasceu três meses depois da alta do irmão. “Ainda choro de alegria e agradeço a todos da Unidade de Oncologia da Unimed João Pessoa. Hoje, Davi vive uma vida normal. Eu espero que nossa história de fé e superação ajude outras famílias que passam pelas mesmas dificuldades que passamos”, enfatizou.

A Unidade de Oncologia e Medicamentos Especiais atende aos clientes da Cooperativa para consultas especializadas e, também, para aplicação de medicação específica para o tratamento contra o câncer. São 16 leitos, sendo dez adultos e seis pediátricos. Na pediatria, os leitos receberam papel de parede colorido com temas infantis. Para as crianças, há ainda uma brinquedoteca e elas também têm acesso a estes brinquedos nos leitos.

FÉ E SUPERAÇÃO

A oncopediatra Andrea Gadelha, coordenadora da Unidade de Oncologia, foi a médica responsável pelo tratamento de Davi. Ela explicou que a leucemia é o câncer mais comum em crianças, sendo 30% de todos os casos. Mas, apesar disso, tem 70% de taxa de cura. “Lembro que Davi teve que ser internado por muitas vezes no primeiro ano de tratamento, pois era uma quimioterapia pesada. Ele não precisou de transplante”, lembrou.

A médica disse que o garoto marcou toda a equipe da Unidade de Oncologia pelo seu comportamento e pela fé. “Ele é um menino muito amável e, apesar de tão pequeno, ia para a quimioterapia feliz, sempre levando uma imagem de Nossa Senhora. A mãe tinha muita fé, mas o menino também tinha, e a fé transforma”, ressaltou.

A fé e positividade de toda a família ajudaram no tratamento. “Quando a pessoa está bem, está feliz, a imunidade aumenta e isso ajuda a combater a doença”, explicou a médica Andrea Gadelha.

FEVEREIRO LARANJA

A leucemia não atinge apenas as crianças, mas também os adultos. Por isso, neste mês é celebrado o Fevereiro Laranja, dedicado à conscientização sobre a doença. De acordo com o hematologista e hemoterapeuta Roberto Luis Pereira Matias, cooperado da Unimed João Pessoa e integrante da equipe da Unidade de Oncologia e Medicamentos Especiais, a leucemia é originada na medula óssea – local em que as células do sangue são formadas. Esse tipo de câncer acomete os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, que começam a se reproduzir de maneira descontrolada, dando início aos primeiros sinais da doença.

E mais: a leucemia possui uma classificação própria, podendo ser dividida quanto ao tipo: mieloides ou linfoides, dependendo do tipo de célula afetada; e em agudas e crônicas, de acordo com a evolução da doença.

O número de casos de leucemia é um sinal de alerta. Só ano passado, de acordo com o hematologista Roberto Luis Pereira, cerca de 10.800 novos casos foram registrados no país (dados do Instituto Nacional de Câncer-INCA). Por isso, o médico considera importante o Fevereiro Laranja para conscientização das pessoas sobre a doença.

SINTOMAS

A suspeita do diagnóstico parte principalmente de alterações vistas no hemograma, associado a alguns sinais e sintomas:

Queda das plaquetas que ocasiona sangramentos de gengiva, nariz
Manchas roxas (equimoses)
Petéquias (pequeno ponto vermelho no corpo causado por uma pequena hemorragia de vasos sanguíneos)
Baixa de glóbulos brancos (causando baixa da imunidade e consequente infecções e febre recorrente)
Anemia
Cansaço
Tontura
Dor abdominal
Dor óssea

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