João Pessoa, 19 de março de 2019 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Somente este ano, dez pessoas morreram vítimas de tuberculose na Paraíba e outra 177 foram diagnosticadas com a doença. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde e foram apresentados nesta terça-feira (19), durante o 2º Seminário Sobre Tuberculose – A Paraíba Livre da Tuberculose, em Campina Grande.
Médicos e enfermeiros, além de coordenadores de tuberculose e das Vigilâncias Epidemiológicas dos municípios que integram a 3ª Gerência Regional de Saúde (GRS) participaram do evento. O seminário foi realizado no auditório do curso de Psicologia da UEPB, com 162 participantes e contou com o apoio do Comitê Estadual de Tuberculose na Paraíba, do qual a Universidade faz parte.
O evento foi aberto pela chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas da Paraíba e que também integra o Comitê Estadual de Tuberculose, Anna Stella, que ministrou palestra sobre “O cenário da Tuberculose na Paraíba”. Ela apresentou os números da doença no Estado, que, neste ano, já notificou 177 novos casos e 10 óbitos. Ano passado, foram 1.302 novos casos e 73 óbitos, números que chamam a atenção para a importância da notificação da doença.
Anna falou aos profissionais presentes sobre a importância da avaliação de todos os sintomas dos pacientes que procuram as unidades de saúde para que, em caso de confirmação, seja iniciado, imediatamente, o tratamento e não haja a transmissão para outras pessoas. “Para cada caso diagnosticado de tuberculose, entre 10 e 15 pessoas podem adoecer”, explicou. Por isso, várias ações estão sendo realizadas em todo o Estado, a exemplo do seminário em Campina Grande, para dar mais visibilidade à doença.
A segunda palestra foi sobre “Diagnóstico e condutas da Tuberculose Infantil”, que foi apresentado pela médica infectologista pediátrica do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) e professora do curso de Medicina da UFCG, Tatiana Batista. A médica falou sobre o tratamento da doença nas crianças e das dificuldades enfrentadas durante o tratamento, como a recusa pelos comprimidos, que acabam resultando, em alguns casos, em respostas fracas ao tratamento. A infectologista também abordou a associação entre a tuberculose e o HIV e, ao final, apresentou novidades para o manejo da tuberculose infantil e as novas perspectivas de diagnóstico.
Durante a programação, aconteceram ainda palestras com o médico infectologista do HUAC, Jaime Araújo, sobre o “Diagnóstico clínico e condutas da tuberculose em adultos”; e “Diagnóstico laboratorial da tuberculose: desafios para saúde pública”, com o bioquímico e coordenador da Bacterioscopia da Tuberculose do Lacen-PB.
A professora doutora da UEPB e membro do Comitê Estadual, Tânia Ribeiro, falou sobre “A importância do tratamento diretamente observado” e, encerrando o ciclo de palestras, o tema “Diagnóstico laboratorial da tuberculose no LAC-UEPB”, foi apresentado pela professora doutora e pesquisadora Maricelma Ribeiro, que também integra o Comitê Estadual. A programação do seminário foi encerrada com relatos de experiências da professora Maria Aparecida Pinto.
O 2º Seminário Sobre Tuberculose – A Paraíba Livre da Tuberculose faz parte da programação da Semana de Combate à Tuberculose 2019, em alusão ao Dia Mundial de Combate à doença, que acontece no próximo dia 24.
MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024