João Pessoa, 02 de abril de 2019 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público da Paraíba (MPPB) formaram um Grupo de Trabalho (GT) para monitorar o câncer de mama no Estado. A baixa qualidade dos exames vai ser analisada pela equipe, que solicitou ao Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Consems) um levantamento dos mamógrafos na Paraíba.
De acordo com o GT, os dados devem ser enviados pelo Consems em até 30 dias. Os gestores também devem ser alertados pelo Conselho sobre a qualidade dos serviços disponibilizados e os parâmetros de qualidade estabelecidos pelo Programa Nacional de Garantia de Qualidade em Mamografia (PGQ).
A mastologista presidente da ONG ‘Amigas do Peito’ informou que há muitas denúncias sobre o exame de mamografia. “Temos recebido muitos casos de pacientes com lesões grandes e que a mamografia diz que não há nada, o que demonstra a falta de qualidade desses exames”, informou.
Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PB) revelam um aumento de 20% no número de óbitos por câncer de mama, entre 2017 e 2018, na Paraíba. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que surjam 880 novos casos da doença, este ano, em todo o estado.
De acordo com a ONG Amigos do Peito, o Sistema Único de Saúde paga R$ 45 por um exame de mamografia e os municípios não suplementam esse custeio.
Grupo de Trabalho de Monitoramento do Câncer de Mama é integrado pelo MPF, pelo MPPB (através do Núcleo de Políticas Públicas e da Promotoria da Saúde de João Pessoa), pelo Consems, Secretarias de Saúde do Estado e do Município de João Pessoa (SES-PB e SMS-JP), ONG “Amigos do Peito” e pela assessoria da senadora Daniella Ribeiro.
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