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NOVA PREVIDÊNCIA

Inclusão de Estados tem nova rodada de diálogo

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publicado em 18/07/2019 às 09h44
atualizado em 18/07/2019 às 11h17
Deputado federal Efraim Filho

O coordenador da bancada federal da Paraíba, deputado Efraim Filho (DEM), acredita que a aprovação da reforma da Previdência com a larga margem de votos na Câmara dos Deputados (379 a 131), fará com que os governadores de oposição se engajem na tentativa de articular junto ao Senado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) paralela, que inclua estados e municípios na reforma.

“Em tese pode fazer com que os alguns governadores vejam com outros olhos. A aprovação da Previdência veio com uma margem grande de apoios, inclusive, da oposição, com deputados do PSB e PDT, que deram um terço dos votos, contra a própria recomendação dos partidos. Isso é um tema que ficou para trás. O discurso populista não encontra mais respaldo junto a sociedade, acho que a aprovação com essa grande margem faz com que alguns governadores, inclusive os de partidos de oposição, revejam suas posições”, afirmou Efraim.

Se a PEC paralela vingar, a questão dos entes federativos volta sozinha à Câmara, enquanto o texto base seguiria em separado com os senadores. Com a pauta sendo incorporada à reforma no Senado, a proposta teria que passar por todo o procedimento de votação novamente na Câmara: Comissão de Constituição e Justiça, CCJ, e plenário em dois turnos. Por isso, a ideia é transformar a questão em uma PEC paralela, não atrapalhando a tramitação da reforma.

“Muitos governadores perceberam que vão ficar para trás na questão do equilíbrio das contas públicas. Acho que está começando uma nova rodada de diálogo”, acrescentou o paraibano.

Maia cobra engajamento dos governadores

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ontem que uma possível inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência só será aprovada na Casa com o engajamento dos governadores do Nordeste. “Um tema que foi problema também no primeiro turno (na Câmara) é a relação de parlamentares do Nordeste com governadores. Para que essa reforma (seja aprovada), voltando do Senado, vai precisar ter mobilização grande dos governadores do Nordeste. Senão, é obstáculo muito difícil”, avisou.

MaisPB

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