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Rússia é banida e está fora de Mundiais

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publicado em 09/12/2019 ás 11h05
Rússia ainda pode recorrer da decisão

A Agência Mundial Antidoping (Wada) excluiu a Rússia das principais competições esportivas mundiais nos próximos quatro anos por ter fraudado exames antidoping. De acordo com decisão unânime do comitê executivo da agência, anunciada na manhã de hoje (9), em Lausanne (Suiça), a Rússia ficará fora da Olimpíada de Tóquio (Japão), em 2020, e dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim (China), em 2022. Quanto à Copa do Mundo de Futebol Masculino, no Catar, em 2022, a FIFA ainda não confirmou se o veto da Wada se estenderá à participação da Rússia no Mundial.

De acordo com a Wada, a Rússia cometeu uma série de violações como manipulação de dados laboratoriais sem autorização, a inclusão de mostras falsas nos testes, e a destruição de arquivos conclusivos a possíveis casos de dopagem. A decisão da Wada também impede que o país organize competições em seu território nos próximos quatro anos, com exceção da Eurocopa 2020: a cidade de São Petersburgo está mantida com uma das 12 sedes.

A Rússia ainda pode recorrer da decisão no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) nos próximos 21 dias. Os atletas do país que não estão envolvidos nos casos de doping poderão competir sob bandeira neutra.

Considerada uma das maiores potências no esporte olímpico, a Rússia mergulhou em escândalos envolvendo casos de doping em 2015, quando a Wada concluiu um relatório de 323 páginas que identificava um sistema de dopagem envolvendo atletas, técnicos, dirigentes da federação russa, oficiais de controle antidoping, integrantes do governo russo e membros da Federação Internacional de Atletismo (IAFF). Em 2016, o Comitê Olímpico Internacional (COI) excluiu o país da Rio 2016 e dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, mas delegou às federações nacionais a decisão de executar a suspensão. Foi o caso da Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf), cujo conselho baniu os atletas russos de participarem dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

Agência Brasil