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Central Sindical repudia nomeação de reitor da UFCG

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publicado em 24/02/2021 ás 09h27
atualizado em 24/02/2021 ás 12h34
Universidade Federal de Campina Grande

A Central Sindical Conlutas reagiu à nomeação do professor Antonio Fernandes, pelo presidente Jair Bolsonaro, para novo reitor da Universidade Federal de Campina Grande. Fernandes foi o candidato menos votado da lista tríplice formada com base em consulta pública feita à comunidade acadêmica.

A entidade considera a nomeação um ataque contra as universidades. “Professores, estudantes e servidores técnicos-administrativos, além do movimento em geral precisam se organizar e dar uma resposta à altura deste grave momento por que passa a UFCG e a Educação como um todo do nosso país e da Paraíba, em particular”, diz a nota.

Veja nota:

Na edição do Diário Oficial da União desta terça-feira, 23 de fevereiro do corrente ano, o presidente Bolsonaro repetiu o que já havia feito na UFPB em novembro de 2020 e cometeu mais um ataque contra as universidades brasileiras, agora contra a UFCG e sua comunidade universitária.

Ele decidiu nomear o professor Antonio Fernandes o novo Reitor da UFCG e o professor Mário Eduardo Rangel Moreira Cavalcanti Mata como o novo Vice-Reitor desta instituição nos próximos quatro anos. Como na UFPB, o professor Antonio Fernandes foi o menos votado por professores, estudantes e servidores técnicos-administrativos da universidade em consulta pública ocorrida na UFCG, consultada esta referendada em lista tríplice pelos Conselhos Superiores da Instituição. Mais uma vez, Bolsonaro desrespeita uma tradição que existe na UFCG e nas universidades brasileiras desde a redemocratização do país, a partir de 1985, em respeitar o resultado das eleições internas na universidade e de empossar o mais votado pela comunidade universitária.

Neste momento em que ocorre mais um profundo ataque à universidade brasileira e à capacidade da comunidade universitária – estudantes, professores e técnico-administrativos – poderem determinar, livremente, seus próprios destinos, é preciso não apenas resistir a mais esta tentativa de calar a Universidade, como também começar a questionar este modelo de “democracia universitária” existente, que produz figuras como Valdiney Gouveia, na UFPB, e Antonio Fernandes, na UFCG, dentre outros/as, espalhados pelo país. Ao mesmo tempo, a CSP Conlutas quer parabenizar e se somar à luta e resistência dos/as lutadores/as e entidades de Campina Grande que já construíram um comitê de resistência contra mais este ato arbitrário cometido pelo presidente Bolsonaro contra a UFCG e a Universidade brasileira como um todo.

É preciso REPUDIAR mais este ataque de Bolsonaro à universidade pública brasileira. Com mais este ato, ele afronta a Educação brasileira e mostra a que veio e a quem seu governo realmente serve. Professores, estudantes e servidores técnicos-administrativos, além do movimento em geral precisam se organizar e dar uma resposta à altura deste grave momento por que passa a UFCG e a Educação como um todo do nosso país e da Paraíba, em particular.

A CSP Conlutas está junto com todos/as que defendem a Universidade Pública, Gratuita, Laica e de Qualidade, com respeito à sua Autonomia e Democracia, com a garantia de que Reitor Eleito seja Reitor Empossado!!!

Paraíba, Fevereiro/2020.

MaisPB

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