João Pessoa, 02 de abril de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O aumento no consumo do peixe durante a Semana Santa é tradição do período, mas também acendem o alerta sobre a necessidade de verificar a procedência e a qualidade do peixe. A infectologista Silvia Fonseca, do Hospital da Hapvida, explicou os problemas que podem ocorrer ao ingerir um peixe de má qualidade e falou da temida ‘doença de Haff’, que pode levar à morte.
A doença de Haff é uma doença rara que acontece de forma repentina e que é caracterizada pela ruptura das células musculares, o que leva ao aparecimento de alguns sinais e sintomas como dor e rigidez muscular, dormência, falta de ar e urina preta, semelhante a café.
“Essa ainda é uma síndrome rara e a gente ainda não sabe exatamente porque o consumo de alguns tipos de peixes a causam. É uma toxina que está presente no peixe que resiste ao cozimento. Então está presente no peixe cru e no cozido também”, destacou.
A doença provoca muita dor porque destrói o músculo que envia as células para os rins, causando uma lesão renal. “Hoje a gente não sabe como prevenir porque não sabemos se tem a ver com a conservação do peixe ou com algo que o peixe ingere”, acrescenta a infectologista.
Silvia Fonseca ainda orienta que as pessoas acometidas dos sintomas devem procurar um médico imediatamente. “Sentiu esses sintomas tem que procurar o suporte médico. Não tem um tratamento específico contra a toxina, sabe que ela existe, mas não tem tratamento e vacina. O que fazemos é hidratar e combater os sintomas”, explica.
A infectologista ainda aconselhou as pessoas a ficarem em casa no feriado e a não realizarem confraternizações em grupos.
MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024