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Em agosto de 2017, como colaborador do Jornal Correio da Paraíba publiquei uma coluna com o título acima mencionado. Os empresários são apontados muitas vezes como vilões e exploradores dos pobres e que acumulam lucros exorbitantes.
Nada mais falso, porque quem gera emprego e impulsiona a economia são os empreendedores. Durante a discussão em 2017 de uma reforma da lei trabalhista de 1943, criada pela ditadura Vargas, um deputado perguntou: “Será que a Justiça do Trabalho, este Congresso e os demais órgãos públicos geram algum emprego ou os mantém? E concluiu, o empresário é quem garante o emprego e juntamente com todo povo brasileiro que pagam impostos extorsivos e criminosos para manter a máquina pública.
Pergunte ao Sebrae quantas empresas fecham anualmente?” Para alguns grandes empresários o dinheiro chega facilmente, não negociando bens, mas com privilégios e propinas, esse sim, felizmente, uma minoria, ficam cada vez mais ricos pelo suborno e influência mais do que pelo trabalho, num país onde a corrupção é recompensada e a desonestidade é premiada.
Somos pequenos empresários há mais de 20 anos e somente todas as micros, pequenas e médias empresas foram beneficiadas em 2020 e incluídas num programa emergencial por 4 meses pelo governo federal, considerando a pandemia que fechou milhares de empresas.
Outro fator que afeta os empresários é a falta de um sistema tributário justo, pois o que existe é leonino e absurdo, sem nenhum retorno para quem paga impostos.
Como deputado federal tentei levar a reforma tributária a sério, minhas palavras foram ouvidas e até discutidas, mas não tivemos resultado, pois parecia que eu falava a uma plateia onde existia a fome em que todos falam e ninguém tem razão.
Tive imensas decepções e, concluído o mandato, não disputei mais nada, recolhi-me deliberadamente a minha obscuridade. Decorridos muitos anos, a reforma tributária ainda não saiu e continua essa parafernália, onde os governos, federal, estadual e municipal podem legislar e cobrar as alíquotas que melhor lhes convier.
O imposto de renda está defasado há vários anos, sem atualização. Quem recebe salário a partir de R$ 1.904,00 paga uma alíquota de 7,5% e acima de R$ 4.664,59% paga 27,5% de alíquota. Precisamos trabalhar 5 meses, somente para pagar os impostos.
Conheço vários países em que as taxas são elevadas, mas como recompensa, você tem saúde pública excelente, boas escolas, segurança, saneamento básico e muitas outras infraestruturas.
O Brasil daqui a 50 anos, talvez, seja beneficiado pelo Estado em virtude dos excessos de impostos pagos. Quem viver verá.
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OPINIÃO - 22/11/2024