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Maria Bethânia faz 75 anos com promessa de novos sucessos

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publicado em 18/06/2021 às 09h21
atualizado em 18/06/2021 às 09h39

Kubitschek Pinheiro – MaisPB

Mesmo vacinada, Maria Bethânia que completa 75 anos nesta sexta-feira, 18, vai passar a data em casa e sem nenhum agito. É única e muitas numa só. A sua importância para a MPB, vem desde quando saiu de Santo Amaro, ( Bahia) na década de 60 e pisou no palco para fazer o show Opinião, (espetáculo musical), dirigido por Augusto Boal e substituiu Nara Leão, se apresentando com João do Vale e Zé Kéti.

De lá prá cá só fez crescer. Uma artista que soube se reinventar. A cada apresentação, Bethânia demonstra maestria ao fazer interpretações de músicas que se tornam clássicas em sua voz, como aconteceu com a live, que celebrou seus 56 anos de carreira no dia 13 de fevereiro deste ano, na Cidade das Artes, complexo cultural do Rio de Janeiro. Aliás, ela festeja essa data todos os anos.

A artista está no estúdio da Biscoito Fino, do Rio de Janeiro gravando o novo álbum “Noturno” No repertório músicas como “Luminosidade”, composição inédita de Chico César, que já foi apresentada pela artista baiana em julho de 2019 na estreia do show “Claros Breus”.

Outra canção que ela já gravou e cantou na live, e certamente vai estar no novo disco, é “2 de Junho” de Adriana Calcanhotto sobre o caso do menino Miguel Otávio, de cinco anos, que caiu do nono andar do edifício Pier Maurício de Nassau, no Bairro Santo Antônio, do Recife. A canção é uma pancada.

A novidade é que nesta sexta-feira, no dia do seu aniversário quem ganha presente são os fãs, quando começa do pré-save de dois novos singles: “Flor Encarnada”, de Adriana Calcanhoto, com Bethânia acompanhada pelo piano de Zé Manoel, que estará disponível nas plataformas digitais no dia 25 próximo. O outro single antes do disco cheio. “Flor Encarnada”, estará disponível nas plataformas digitais no dia 25 próximo

O segundo single é “Lapa Santa”, de Paulinho Dafilin e Roque Ferreira, com lançamento para 16 de julho.

O álbum “Noturno”, sai no final de julho, pela Biscoito Fino, com direção musical e arranjos de Letieres Leite e produção musical de Jorge Helder.

De acordo com levantamento feito pelo Ecad “O que é, o que é”, de autoria de Gonzaguinha, foi a música que Maria Bethânia mais gravou como intérprete até agora. Nesse ranking, “Sonho meu”, de autoria de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, e “Viramundo”, de Capinan e Gilberto Gil, aparecem logo em seguida. A Abelha Rainha tem 1.931 gravações cadastradas no banco de dados do Ecad, um dos maiores da América Latina.

Dessas, a mais tocada no Brasil nos últimos cinco anos foi “Brincar de viver”, canção de autoria de Guilherme Arantes e Harrigan Lucien. No top 3 deste ranking, também aparecem “Gostoso demais”, de Dominguinhos e Nando Cordel, e “Tocando em frente”, de Renato Teixeira e Almir Sater.

O nome dela é trabalho

Quando Maria Bethânia canta, a canção é o corpo inteiro. Como se, pelo poder de sua voz e interpretação, ela pudesse canalizar a energia da Bethânia que foi e que será, de tudo que ainda não existe e do que precisa existir. “Deus não me deu filhos, só me deu o meu trabalho. É a ele que dedico cada minuto da minha vida”, disse a cantora, durante uma turnê em Portugal em 2015. “Se choro, guardo a minha lágrima para quando for cantar. Se namoro, o prazer do namoro será para utilizar quando for trabalhar. É tudo assim. Tudo é o meu trabalho.”

O começo

Nasceu na cidade de Santo Amaro da Purificação, na Bahia, no dia 18 de junho de 1946. Filha de Zeca Veloso, membro dos Correios e Telégrafos, e de Claudionor Viana, Dona Canô, ela veio ao mundo em um sobrado localizado na Rua Direita, sobre a empresa da qual seu pai era funcionário.

Bethânia é irmã caçula de Caetano Veloso, cantor reconhecido nacional e internacionalmente, e da poetisa Mabel Velloso. O mano Caetano foi quem escolheu seu nome, inspirado em uma valsa que, aos 3 anos de idade, já lhe chamava a atenção, Maria Betânia, de Capiba, cantada então por Nélson Gonçalves. A futura cantora consagrada desejava, no início, subir aos palcos não para cantar, mas sim para interpretar.