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Ricardo Coutinho tinha conhecimento e controle sobre propinas, diz Gaeco

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publicado em 14/09/2021 ás 19h15
atualizado em 14/09/2021 ás 19h57
Ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho - Foto: Arquivo

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) apresentou nesta terça-feira (14) uma nova denúncia contra o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e ex-secretários da gestão do socialista no âmbito da Operação Calvário. Esta é a 22ª acusação apresentada à Justiça contra a organização criminosa que teria desviado recursos da Saúde e Educação do Estado.

Além de Ricardo, foram denunciados Daniel Gomes da Silva, Livânia Farias, Waldson de Souza, Cláudia Veras, Karla Michelle Vitorino, Leandro Azevêdo, Saulo de Avelar, Ricardo Elias, Milton Pacífico José, Saulo Pereira Fernandes, Keydison Samuel e Michelle Louzada.

Essa nova acusação leva em consideração desvio de recursos e pagamento de propina por meio da contratação da Organização Social Cruz Vermelha do Rio Grande do Sul para gerenciar o serviço de saúde no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa Senador Humberto Lucena.

Para o Ministério Público, Ricardo Coutinho e Daniel Gomes introduziram na Paraíba um modelo de governança caracterizado pelo uso de organizações sociais apenas como fachada para o desvio de recursos públicos.

A contratação da Cruz Vermelha resultaria no pagamento mensal de R$ 300 mil, totalizando R$ 18 milhões. Esse montante, segundo a força-tarefa seria usado para manter e expandir uma estrutura de poder marcada pela corrupção, bem como para agregar valores ao patrimônio pessoal dos denunciados. Esse valor, de acordo com a denúncia, foi solicitado por Ricardo Coutinho, com o auxílio de Livânia Farias e Waldson de Souza.

O Gaeco afirmou que os desvios representaram um dano ao erário estadual de aproximadamente R$ 49 milhões entre julho de 2012 e junho de 2017.

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