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STJ anula decisões contra Roberto Santiago

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publicado em 19/10/2021 ás 18h51
atualizado em 20/10/2021 ás 08h05
Roberto Santiago está há dois anos e meio convivendo com medidas de restrição de liberdade

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou nesta terça-feira (19) as decisões tomadas pela Justiça da Paraíba em uma das ações penais contra o empresário Roberto Santiago, dono do Manaíra Shopping, no âmbito da Operação Xeque-Mate. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

A Quinta Turma da Corte decidiu que a competência para conduzir o processo é da Justiça Eleitoral, e não da estadual, pois envolve possível crime de caixa dois, relacionado à campanha política.

No mês passado, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, já tinha decidido que a prisão do empresário foi considerada ilegal.

O STJ se baseou em entendimento firmado em março de 2019 pelo plenário do STF, segundo o qual crimes comuns, quando relacionados a delitos eleitorais, a exemplo do financiamento ilegal de campanhas, devem ser processados na Justiça Eleitoral.

Na Paraíba, o empresário é dono da maior rede de shoppings do estado. A ação penal em questão é uma das 11 abertas na Operação Xeque-Mate. A denúncia aponta possíveis crimes de corrupção ativa e passiva na suposta compra do mandato do ex-prefeito de Cabedelo (PB), José Maria Lucena Filho, o Luceninha.

A decisão do STJ se deu na análise de recurso dos advogados de Roberto Santiago, Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso. O caso foi retomado nesta terça no STJ após vista do ministro Reynaldo Soares da Fonseca. O magistrado argumentou que, embora não aponte diretamente crimes eleitorais, o próprio Ministério Público registra na denúncia que a gênese do suposto esquema é o financiamento de campanha de Luceninha.

“Embora de fato não sejam narrados crimes eleitorais na exordial acusatória, não há como afirmar a inexistência destes. Muito pelo contrário. O próprio MP esclarece que a gênese de tudo isso remonta ao financiamento de campanha de eleição do prefeito, que, como praxe, recorreu ao caixa dois”, disse o ministro.

MaisPB com o Globo 

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