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Pós-pandemia muda comportamento do consumidor de alto padrão  

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publicado em 30/11/2021 ás 17h39
atualizado em 30/11/2021 ás 17h43

O conceito é o retrato da atualidade e vem justamente para provar que empreendimentos e produtos de alto padrão podem eliminar excessos, racionalizar recursos e usar atributos sustentáveis. Essa mudança de mentalidade tem sido bastante acelerada, entre outros fatores, pelos efeitos da pandemia da covid-19, que levou consumidores de marcas de luxo a adquirem novos hábitos, e entenderem que podem compartilhar espaços, produtos e experiências, alcançando o que antes estava reservado apenas para uma minúscula parcela da população mundial. É o que aponta levantamento realizado pela Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo, mostrou que os critérios de escolha e formato de compras dentro da indústria de luxo mudaram para sempre.
“O luxo se baseia em qualidade e estilo, e por isso vai continuar existindo, mas as marcas agora precisam se engajar com mais proximidade e trazer consigo mais responsabilidade social e ambiental – fatores que os consumidores estão mais de olho”, explica Ligia Mello, coordenadora da pesquisa realizada no ano passado com 500 consumidores da classe A.
Com visão de negócio voltada para imóveis de alto padrão, com conceito contemporâneo e prático, a Hofmann Station compreendeu esse novo olhar do consumidor e tem apostado em empreendimentos de estrutura e design sofisticados, alguns deles com assinatura de escritórios internacionais de arquitetura. O foco tem sido gerar acesso ao luxo por meio do aproveitamento inteligente dos espaços, investindo no compartilhamento e no máximo de qualidade na entrega. Por isso, traz móveis, equipamentos e utensílios de grandes marcas para o uso comum dos condôminos de seus empreendimentos, gerando espaços totalmente exclusivos e refinados.
“Estamos buscando entregar a mesma experiência de receber que o nosso cliente de apartamentos acima de 400 metros quadrados conseguem oferecer, em empreendimentos de unidades com 30 metros quadrados, que possuem salas de estar e jantar com pé direito duplo, compartilhadas para o uso individual por meio de agendamento junto ao condomínio”, explicou Matheus Hofmann, head de desenvolvimento da Hofmann Station.

O exemplo é o mix building Hortus, empreendimento que está sendo edificado no bairro de Manaíra, dotado de um paisagismo com mais de 40 espécies nativas, uma alameda que cruza a quadra e se torna uma zona de transição público/privada, um rooftop com piso elevado, piscina aquecida e dois apartamentos compartilhados com interiores assinado pela arquiteta Leila Azzuis. “O Hortus possui uma horta por pavimento e está intimamente ligado a um estilo de vida consciente e sustentável”, ressaltou Matheus.

Outro imóvel inserido do conceito ‘luxo enxuto’ é o empresarial Le Labo, que está em construção no bairro do Bessa. O empreendimento contará com um auditório ultra moderno e um rooftop que é uma inovação para este tipo de projeto. O Le Labo possuirá salas de reuniões compartilhadas, dotadas de toda estrutura para receber bem clientes e parceiros.

“As salas de reunião estão sendo projetadas com tudo que há de mais moderno e sofisticado em equipamentos e mobiliários. A pessoa que desfrutará do ambiente, reservando o direito ao uso, poderá oferecer amenidades como café expresso, espumante, sucos e snacks que tornará o encontro muito mais conveniente a aprazível e, ao final, pagará só aquilo que for consumido, sem precisar comprar ou alugar uma sala que contemple em metragem espaço suficiente para acomodar uma sala de reunião que ele só usará de vez em quando”, relatou.

Para Matheus Hofmann, essa filosofia de compartilhamento, que está inserido no conceito de ‘luxo enxuto’, que vem ganhando força em mercados no Brasil e, principalmente, fora do nosso país, está atrelada a uma nova visão de mundo, que leva muito mais em conta o fazer sentido, a viabilidade financeira, a praticidade e a preocupação com a melhoria na qualidade de vida e do aproveitamento dos espaços urbanos. “ É perceber o luxo não como forma de exibição, e sim, o acesso ao luxo como uma maneira de inclusão e hospitalidade”, comentou.

Pesquisa – A pesquisa realizada pela Hibou detalhou algumas mudanças dos consumidores de marcas de luxo. Mais da metade deles (64%), já adotou o hábito digital para realizar suas compras e a preocupação com a saúde aumentou. Para a grande maioria dos clientes do nicho (91%), ser transparente com os procedimentos de saúde e sustentabilidade é fundamental para colocar a marca na lista das favoritas ou não na hora da compra.
A responsabilidade social será um fator de desempate entre as marcas preferidas. O levantamento apontou que, 74% quer algo das marcas preferidas além do “nome”, e 64% pretende optar dentre as suas favoritas na que mais colaborou ou colabora gerando empregos e ajudando pessoas em grupo de risco.
“O luxo no Brasil não é só ostentação. Os clientes buscam experiências. Vejo isso uma grande oportunidade de trabalhar com diversas categorias”, ressaltou a coordenadora da pesquisa.

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