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É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

Leticia, a “princesinha das variantes”

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publicado em 10/02/2022 às 06h47

Leticia acaba de ganhar o prêmio “pulmonare” do ano. Seu corpo e seu pulmão resistiram a quatro vírus ao mesmo tempo e um chacoalhar de fungos.

A FLURONA foi fichinha pra a moça, ela bateu o recorde mundial e foi acometida por infecções do tipo Sars-Cov-2 pela segunda vez, também pela influenza A (gripe), pelo adenovírus (um dos causadores do resfriado comum) e, pasmem, foi premiada com a queridinha das arboviroses, Chikungunya, conhecem?

Pois é, Letícia está com FLURIDEDONA, que em Sampa já apelidaram de “fudidona”. Acamada, internada, mas não intubada, os médicos creem que será difícil escapar sem lesões crônicas, pois seu quadro tinha evoluído para uma pneumonia, mas a psicoterapeuta paulistana escapou dessa vez, acreditam ter sido salva pelas vacinas.

Leticia, totalmente fanhosa e com dores nas juntas, relatou para um enfermeiro, que não quer ser identificada, que tudo aconteceu em dezembro, ela queria pegar a variante ômicron logo, pra se livrar e teve mais sorte que uma cantora tcheca, que morreu após ter a mesma ideia, então, Leticia se meteu em encontrinhos hipersociais ( aglomerações mesmo);

A número um(1) foi na confraternização da clínica onde trabalha, na famosa confra com 29 pessoas. A número 2 foi na viagem à Praia da Pipa, uma das campeãs junto com o “River” de Janeiro em exportação de viroses pesados.

Já a número 3, foi na noite de Natal, junto a sua família e a quarta foi o Réveillon na sexta sem lei e sem máscara num resort numa praia de bacanas que não quis mencionar o nome, mas que também era no Nordeste.

No final da longa internação, lágrimas escorreram após a visita do médico e promessa de alta no dia seguinte. O enfermeiro a consolou que não chorasse, pois tudo iria ficar bem já que estamos em período de lua crescente, ideal para aferir curas.

Leticia, a “princesinha das variantes”, disse que não estava chorando por isso, estava chorando por que o médico a proibiu de brincar Carnaval em quaisquer logradouros do universo.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB