João Pessoa, 21 de fevereiro de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Hoje estava pensando sobre uma frase que surgiu em uma conversa com um amigo. Ele disse: “ah o amor… um tema de grande relevância e complexidade!”. Sem pensar duas vezes, respondi: sim, imprescindível. Mas não é complicado. Nós é que o complicamos.
Olha como somos nós que complicamos… A gente ama e não fala. A gente ama, tem vontade de estar perto, mas não se achega, simplesmente espera pelo outro. A gente não gosta de alguma coisa, mas guarda, não fala. A gente gosta de alguma coisa, acha bonito o novo corte de cabelo, ama o cheiro do perfume, a beleza do sorriso, a entonação da voz, mas guarda, não fala. A gente erra e não se desculpa. A gente ama, mas age como se não amasse, esperando que um mero “eu te amo” diga tudo que tem que ser dito.
Quando as coisas desandam, a gente coloca a culpa no sentimento. “O danado do amor! Nunca mais quero saber dele!” Mas, o culpado não é o amor e a complicação não está nele, mas em nós.
Você já deve ter percebido que não estou falando de qualquer tipo de amor. Estou falando daquele que faz os poetas chorarem e escreverem os melhores e mais lindos poemas. Aquele que pariu as músicas mais belas . Que enche a barriga de borboletas e não deixa caber mais nenhum alimento. Mas também falo daquele amor gostoso, tranquilo, que te faz sentir envolto em uma nuvem de aconchego.
Então… vamos combinar? Vamos complicar menos! Por que bom é ter alguém. Bom é ter alguém com quem se possa amar e depois conversar. Conversar não só no dia de amar, mas todos os dias do ano.
Também é bom ter alguém que queira conversar quando a distância impede de amar.
Aquela pessoa que entende o nosso olhar, nossas metáforas, ironias e sarcasmos…
Bom é tem alguém com quem conversar.
Bom é tem alguém a quem amar.
Bom é ter alguém com quem você possa amar e conversar.
Amor é escolha. Temos que amar e escolher amar, fazendo tudo pra não complicar a coisa mais simples e deliciosa da vida!
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OPINIÃO - 22/11/2024