João Pessoa, 07 de março de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Postos de Combustíveis situados na Paraíba informaram ao Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado que distribuidoras já começaram a repassar aumento no preço do diesel antes mesmo da Petrobras se posicionar de como fica a situação do mercado brasileiro diante o aumento no barril do petróleo, que superou a marca de US$ 130 (cento e trinta dólares) a unidade.
“Alguns postos já entraram em contato falando que as distribuidoras estão repassando aumento, independente da Petrobras ter repassado”, disse Omar Hamad, presidente do Sindicato, ao Portal MaisPB.
Segundo o sindicalista, o mercado aguarda com ansiedade como a estatal brasileira vai se comportar diante da crise provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Hamad destacou que é preciso aguardar uma definição por parte da Petrobras.
“A Petrobras ainda não se pronunciou a respeito desse aumento. Conforme a arbitragem internacional, que calcula o preço entre o mercado interno e o externo, já se tem uma alta prevista considerável, mas tem que aguardar o governo”, destacou.
Omar lembrou que a Petrobras tem uma política que diverge do mercado europeu, mas ainda é precipitado prevê um reajuste final para os consumidores. “Lá é diferente, tem concorrência. Aqui é monopólio. É prévio você calcular alguma coisa. A Petrobras pode repassar tudo, um pedaço. O governo tem como interferir. É prematuro prever algo, não se tem como prever. Tudo vai depender como se vai repassar esse aumento, mas com certeza ele virá”, afirmou.
Bolsonaro defende fim da paridade internacional
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a paridade internacional do preço do petróleo é resultado de uma “legislação errada” e “não pode continuar acontecendo”. Diante do aumento no preço do barril do petróleo, Bolsonaro afirmou que não pode repassar inteiramente esse reajuste para o preço do combustível.
“Tem uma legislação errada feita lá atrás, que você tem a paridade com o preço internacional. Ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil. Isso não pode continuar acontecendo. Estamos vendo isso aí, sem ter nenhum sobressalto no mercado”, disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Folha, de Roraima.
MaisPB
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