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O sargento Benedito, baleado pelo próprio filho de 13 anos no último sábado, em Patos, segue internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. A previsão da equipe médica é de que em até 48 horas ele receba alta para a enfermaria.
O diretor da unidade hospitalar, Sebastião Viana, explicou que o militar está com um projétil alojado na medula e se queixa de não sentir os membros inferiores.
“O paciente está estável, consciente e orientado, porém ele apresenta um projétil na região da medula, na transição entre as vertebras torácica e lombar”, explicou o médico. “Acreditamos que com a evolução que ela está tendo, dentro de 24 a 48 horas ele consiga ir para enfermaria”, concluiu.
O caso
O adolescente de 13 anos confessou ter matado a mãe, o irmão de sete anos e atirado contra o pai, nesse sábado (19), em Patos, Sertão paraibano. Segundo a Polícia Civil, o suspeito afirmou que cometeu o crime após ser proibido de jogar virtualmente e ser cobrado para tirar boas notas na escola.
O pai do menino, identificado como sendo o sargento Benedito, tinha saído de casa para comprar um remédio para a esposa, que estava com dor de dente, mas antes pegou o celular do adolescente após ele ter tirado notas baixas.
Conforme o depoimento, foi nesse momento que o garoto foi até o escritório do pai e pegou a arma que estava guardada em um armário de ferro. Ele então foi até o quarto da mãe, que estava dormindo, encostou a arma em sua cabeça e atirou.
O irmão dele, que estava em outro quarto, correu ao encontro da mãe ao escutar o disparo e ao ver a mãe morta iniciou uma briga com o adolescente, que correu atrás dele pela casa na tentativa de atirar também contra a criança.
Foi quando o pai chegou em casa e tentou intervir, pedindo para que o adolescente não atirasse e entregasse a arma.
“Ele terminou efetuando um disparo contra o pai, que caiu na sala. O irmão mais novo ao ver o pai caído foi tentar socorrê-lo, se abraçou com o pai, foi quando ele atirou no irmão pelas costas. Depois friamente ele guardou a arma onde estava antes, chamou o Samu e tentou forjar um assalto, mas com todas as diligências que fizemos conseguimos elucidar esse caso”, explicou o delegado Renato Leite.
Além de ser proibido de jogar virtualmente e cobrado para tirar boas notas na escola, o adolescente afirmou que se sentia pressionado para fazer atividades domésticas pelos pais.
O pai do garoto foi socorrido para Hospital Regional de Patos e transferido para o Hospital de Trauma de Campina Grande. “Ele se assustou ao saber que o pai estava vivo, parecia que estaria mais satisfeito se estivessem os três mortos”, avaliou o delegado.
O garoto permanece apreendido.
MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024