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Francisco Leite Duarte é advogado tributarista, auditor-fiscal da Receita Federal (aposentado), professor de Direito Tributário e Administrativo na Universidade Estadual da Paraíba, doutor em direitos humanos e desenvolvimento. Na Literatura, publicou os romances “A vovó é louca” e “O Pequeno Davi”, uma coletânea de contos chamada “Crimes de agosto”, um livro de memórias (“Os longos olhos da espera”), e dois livros de crônicas.

Nunca se sentiu tanta vergonha como agora

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publicado em 23/09/2022 ás 07h00
atualizado em 22/09/2022 ás 21h48

Em um posto de gasolina em Londres, o presidente brasileiro, do alto da sua jumentice, põe-se a comparar o preço da gasolina na Inglaterra com o do Brasil. Ridículo, uma fanfarrice, própria de quem achatou o salário dos brasileiros e não sabe fazer contas.

A viagem é pródiga em dispartes, o que não é de se admirar, afinal, desde que a facção chegou ao poder, o país vive em uma distopia de último grau, daquelas que nem George Orwell ousaria imaginar.

Começa pelo excesso de bagagens. Silas Malafaia! Santo Deus! O que uma “mala fria”, sem cargo público, sem relevância para a sociedade faz em uma comitiva presidencial paga com os recursos do Estado? Nada, a não ser expelir seus costumeiros alaridos, proselitismo político e, talvez, desempenhar a mais das importantes funções que poderia realizar a contento: a de segurar o pincel do maquiador da primeira-dama.

Mas, para a turma do poder federal, essas estripulias são de somenos importância. É preciso algo grandioso, uma estupidez monumental. E foi isso o que aconteceu! O presidente envergonhou, mais uma vez, os brasileiros: aproveitou a ida ao funeral da rainha Elizabeth II para, da sacada da casa do embaixador, fazer campanha política, fornicando a institucionalidade do cargo, sob o aplauso de uma claque ignara e submetida à idiotia em que se transformou uma legião de brasileiros.

É uma questão séria, ofensiva à memória da rainha, do Reino Unido, da liturgia do cargo de presidente e expõe nosso país ao ultraje. Ora, os velórios, os sepultamentos e tudo quanto expõe a vida à finitude impõe o respeito, o silêncio, o decoro, a contenção das vaidades, das megalomanias, dessa presepada presidencial, a astúcia dos medíocres em busca de uma fotografia para a sua campanha. Um nojo!

Mas, o que esperar de quem já imitou a falta de ar de um moribundo, e, ao ser indagado pelas mortes da Covid-19, disse não ser coveiro, afora outros rinchados semelhantes? Nada! O dito-cujo não iria perder a oportunidade de fazer um comício eleitoral em plena cerimônia do funeral da rainha. Os trastes servem para isso.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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