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Francisco Leite Duarte é Advogado tributarista, Auditor-fiscal da Receita Federal (aposentado), Professor de Direito Tributário e Administrativo na Universidade Estadual da Paraíba, Mestre em Direito econômico, Doutor em direitos humanos e desenvolvimento e Escritor. Foi Prêmio estadual de educação fiscal ( 2019) e Prêmio Nacional de educação fiscal em 2016 e 2019. Tem várias publicações no Direito Tributário, com destaque para o seu Direito Tributário: Teoria e prática (Revista dos tribunais, já na 4 edição). Na Literatura publicou dois romances “A vovó é louca” e “O Pequeno Davi”. Publicou, igualmente, uma coletânea de contos chamada “Crimes de agosto”, um livro de memórias ( “Os longos olhos da espera”), e dois livros de crônicas: “Nos tempos do capitão” …

Quero falar de ano novo

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publicado em 30/12/2022 às 07h00
atualizado em 29/12/2022 às 18h04

Quero falar de ano novo, mas o novo é realidade que se descobre nas ruindades do passado. O passado morou no Brasil nos últimos quatro anos e neles abeberou-se com acinte à humanidade.

Quero falar de ano novo, mas o novo requer providências para desmanchar as maledicências dos anos velhos, penalizá-los, segundo as expectativas normativas expressas nos textos legais;

Quero falar de ano novo, mas o novo tem urgência de refutar a canalhice que se abateu sobre o país fazendo dele um pária, sem respeito à institucionalidade e à vida;

Quero falar de ano novo, mas o novo ainda está deslumbrando com o apagão administrativo que a extrema direita promoveu no país com gosto e desdém;

Quero falar de ano novo, mas o novo é um-sem-sentido, se não for compreendido o sentido que foi o governo bolsonarista, seu viés fascista, misógino, preconceituoso e irresponsável com a res pública;

Quero falar de ano novo, mas o ano velho ainda palpita nos corações de zumbis enlouquecidos querendo golpes e atentados à democracia;

Quero falar de ano novo, mas o ano velho ainda assovia os cantos dos desesperados em seus mugidos por prepotência e autoritarismo;

Quero falar de ano novo, deixar os anos velhos encalacrados em seus atos terroristas, em suas incompetências, suas quimeras por ditadura, seus malfeitos, suas mentiras, sua breguice e rabugice.

Quero o ano novo e a diversidade que se avizinha;

Quero o ano novo e a sua propensão para a inclusão social;

Quero o ano novo e a retomada das nossas cores para nosso deleite e orgulho;

Quero um ano novo; a paz; o trabalho que liberta, a educação que nos enche de cidadania; o respeito que nos põe frente a frente com o outro, em igualdade como são as estrelas do céu cada uma delas com seu brilho e firmamento.

Eu quero isso para você e quero mais:

Um amor, ou muitos, como você quiser;

Um cheiro, esse dengo com gosto de lua;

Paz, daquela que se debruça em berço esplêndido tomando água de coco;

E o debulhar da vida no remanso majestoso da paz de espírito e do riso farto.

Feliz 2023.

@professorchicoleite

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB