O Sol do sertão da Paraíba é diferente de todos os Sois do universo. É como uma arupemba grande, dependurada no céu, cravejada de diamantes reluzentes a um só tempo, bem mais forte do que as luzes que encandearam o apóstolo Paulo.

Com um Sol desses, era impossível não haver arte no sertão paraibano. Cada vivência do sertanejo é arte pura, arte que se pinta nos olhos arregalados desse Sol tão cheio de luz e de encantamento. Todo sertanejo é um artista, mas há uns bem mais do que os outros.

Janeide Sotero (@janeidesotero). Nela, o Sol foi mais generoso, benfazejo e exagerado, dando-lhe o dom de uma pintura majestosa, ofuscante quanto o Sol do céu de Patos, terra dessa artista talentosa.

Janeide Sotero, uma pintora que o Sol quente do sertão da Paraíba entregou ao mundo. A gente fica de olhos arregalados olhando os seus quadros, boquiabertos também, com o juízo pegando fogo, como se o Sol tivesse penetrado nele para iluminar a nossa capacidade de apreciar o belo e o sublime. Arte genuína, a negritude, o místico, um mosaico de cores, tudo muito vivo, esplendoroso e mágico.

Que sorte ter conhecido o talento dessa pintora. Foi no dia 12 de maio, na inauguração do Restaurante Engenho Maravalha, em São Miguel de Taipu – PB, um ambiente arborizado, amplo, rústico, ao ar livre, digno de receber o talento sertanejo na exposição Maria e Jesus dos olhos arregalados, aquarela, arte sobre tecido e papel, 30/40, uma coisa divina.

A exposição se deu em meio a uma festa grandiosa, em um espaço amplo, confortável, que transborda frescor e arte, tudo sob a animação da música da banda Tuaregs, aquela nostalgia boa, tudo regado a muita bebida, comida e riso bons.

Ah, e mais, os amigos! Fomos com um grupo de contadores e contadoras naquela maior algazarra, mas não só isso, tem muito mais: O talento da pintora continua ali exposto, aberto à apreciação dos seus olhos em um ambiente lindo, de doce paz e aconchego.

@professorchicoleite

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