João Pessoa, 15 de agosto de 2023 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Deflagrada nesta terça-feira (15), a segunda fase da Operação Festa do Terreiro é uma investigação antiga. Ela começou após a Operação Bleeder, desencadeada logo após o primeiro turno das eleições 2022, em 14/10.
O intuito inicial era identificar as origens e a finalidade dos R$ 173 mil apreendidos, junto a material de campanha eleitoral, durante uma abordagem policial na região de Santa Luzia, no Sertão do Estado.
Apesar do segredo de Justiça, o Portal MaiPB apurou que, na ação de hoje, o prefeito de São Mamede, Umberto Jefferson, foi preso preventivamente suspeito de participar de um esquema de direcionamento de licitações, desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
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Em maio, Jefferson chegou a recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para suspender a investigação. O ministro João Batista Moreira no entanto rejeitou o pleito.
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A primeira fase da Festa no Terreiro foi deflagrada no mês de março. À época, Polícia Federal achou, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, um bilhete com Oração de São José, que pedia riqueza.
“Espero que nunca lhe falte dinheiro, e que o mesmo aumente para você. Esta é a sacolinha de São José: todo dinheiro que receber, coloque dentro dela, nem que seja por um minuto”, diz o texto.
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Segundo a PF, a “oração” foi achada dentro de uma caixa que guardava dinheiro. Toda quantia foi levada para o Banco do Brasil, em Patos.
Segunda fase da Operação
O prefeito de São Mamede, Umberto Jefferson, foi preso nesta terça-feira (15) durante a segunda fase da Operação Festa no Terreiro. A ação foi deflagrada pela Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba.
O prefeito e outros membros da gestão municipal são suspeitos de participar de um esquema de direcionamento de licitações, desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, sendo cinco em Patos e um em São Mamede. Além do prefeito, outras três pessoas, dentre elas secretários da gestão, foram presos.
Também foi determinado o afastamento de dois servidores de seus cargos públicos e o sequestro de bens no valor equivalente a R$ 5.187.359,94 (cinco milhões, cento e oitenta e sete mil, trezentos e cinquenta e nove reais e noventa e quatro centavos). Todas as medidas judiciais foram determinadas pelo desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos do Tribunal de Justiça da Paraíba.
Trata-se da segunda fase da Operação Festa no Terreiro, deflagrada em 02/03, onde foram apreendidos documentos e mais de R$ 250 mil em espécie na casa de um dos alvos.
O nome da operação é uma referência ao linguajar utilizado pelos investigados ao combinar o resultado de licitações.
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