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É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

Área Kids

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publicado em 15/10/2023 ás 08h19

Já parou para pensar que muitas vezes estamos complicando demais a vida adulta? Dia 12 chegou e junto com ele me veio uma vontade de não sair da cama, primeira atitude foi me cobrir por inteiro como fazia antigamente para me proteger de maus espíritos, fantasmas, alienígenas ou qualquer surto da imaginação do infante. Fiquei pensando no amor e no dinheiro, como ser adulto sem pensar em coisas que nos pinicam o juízo, por isso era melhor ficar ali, debaixo do melhor companheiro, o lençol! Foi bom pensar em quanta energia tinha pra aguentar horas de esconde-esconde, se esconder era tão bom, quem dera pudéssemos nos esconder dos boletos agora crescidos. Pensei na alegria que era participar de uma feira de ciências, pensei nas férias, nos amigos da época da inocência, principalmente nos que ainda tenho contato, Felipe, Cibelly, Cristina, Yeda, Viviane, Carlos(ainda bem que o nome Carlos já vem no plural, porque são tantos Carlos amigos) e pensei em alguns que nunca mais vi desde aquele tempo remotíssimo e nem sei onde estão ou como estão, lembro do rosto da Marília, da Harrop, do Alexandre Camilher. Dá saudade sim, até por que foi tudo misturado com os anos 80, imagina cantar “we are the world” e correr pra comprar o vinil, famoso LP( Long Play) da Madonna e do Michael Jackson, e logo na semana seguinte comprar os óculos do Rei pop e ir fazer aula de Break( breique). Não tínhamos os produtos importados, eram proibidos e nossa vida era “roots”. Vivíamos e sobrevivíamos sem faixas de pedestres, nos virávamos pra fazer sorvete em casa, iogurte, já o refrigerante e leite condensado eram produtos de festas. Você gosta mais de Atari ou Odissey? Essa era uma pergunta clássica como hoje no mundo dos adultões perguntamos: você gosta mais de Sansung ou de Apple? Tudo era lindo e simples para entreter as crianças, todos sabiam fazer uma vara de pescar, uma pipa, ou um simples canudo com uma haste de mamoeiro para soprar detergente derretido e soltar bolhas pelo céu encantado. Será que jogos bobos ou brincadeiras que não requerem preparo, mesmo que feitas repetidas vezes, continuam fazendo sucesso? Pra mim sim, até hoje jogo o “war” um jogo de tabuleiro incrível, que tem um tanto de vida adulta, necessitando sorte e estratégia. Tanta coisa pra contar ainda, mas não cabe numa crônica, fica apenas este conselho: acorde sua criança adormecida! 

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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